Notícia
Só o BES pagaria pelos bónus mais de quatro milhões em IRC
A proposta do Orçamento do Estado que impõe às instituições financeiras uma taxa autónoma única de 50% de IRC sobre as remunerações variáveis dos gestores e administradores "pagas ou apuradas" em 2010 facilmente poderia render aos cofres públicos mais de cinco milhões de euros se os principais bancos nacionais não alterassem as suas práticas salariais.
27 de Janeiro de 2010 às 06:30
A proposta do Orçamento do Estado que impõe às instituições financeiras uma taxa autónoma única de 50% de IRC sobre as remunerações variáveis dos gestores e administradores "pagas ou apuradas" em 2010 facilmente poderia render aos cofres públicos mais de cinco milhões de euros se os principais bancos nacionais não alterassem as suas práticas salariais.
Só o BES - o banco que pagou salários mais elevados aos seus administradores em 2008, o último ano que é conhecido - teria que canalizar mais de 4,2 milhões de euros para os cofres públicos, de acordo com uma simulação feita pelo Negócios, que aplicou a taxa de 50% às remunerações variáveis pagas aos 11 administradores executivos do banco, deduzindo por cada um o valor de 27,5 mil euros, abaixo do qual não é aplicada esta tributação.