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Seguro não entende utilidade para o país do prefácio de Cavaco Silva

O secretário-geral do PS, António José Seguro, afirmou hoje não entender "a utilidade para o país do prefácio" do Presidente da República, Cavaco Silva, como este pediu os portugueses.

12 de Março de 2012 às 13:01
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"Não entendo a utilidade para o país do prefácio no caso concreto das críticas que foram objecto de análise pública por parte do Presidente da República", afirmou Seguro à saída de uma visita ao IPATIMUP, que marcou o arranque de uma semana dedicada pelos socialistas à Saúde.

O líder do PS escusou-se a aprofundar este assunto, apenas afirmando considerar "importante valorizar o que há a fazer na Saúde".

O Presidente da República aconselhou hoje os portugueses a lerem "na íntegra" o prefácio onde acusa o antigo primeiro-ministro José Sócrates de falta de lealdade institucional para conhecerem "o verdadeiro texto e não serem contaminados por eventuais desinformações".

"Eu convido os portugueses a lerem na íntegra aquilo que eu escrevi, é fácil, não são muitas páginas, consta por uma razão de transparência no site da Presidência da República, www.presidencia.pt, porque aí podem conhecer o verdadeiro texto e, portanto, não serem contaminados por eventuais desinformações", afirmou Cavaco Silva, em declarações aos jornalistas, à margem de uma visita ao navio-escola Sagres e à fragata Côrte-real.

O chefe de Estado recomendou igualmente a leitura do artigo 201 da Constituição, onde, disse, é referido que "o primeiro-ministro tem que informar o Presidente da República de todos os assuntos respeitantes à condução da política interna e externa do país".

No prefácio do livro "Roteiros VI", que reúne as suas principais intervenções públicas, Cavaco Silva tece várias considerações sobre a postura do ex-primeiro-ministro José Sócrates, criticando não ter sido "previamente informado sobre o conteúdo ou sequer da existência do PEC IV" tendo por isso ficado "impedido de exercer a sua magistratura de influência com vista a evitar o deflagrar de uma crise política".

"Tratou-se de uma falta de lealdade institucional que ficará registada na história da nossa democracia. O Presidente da República, nos termos constitucionais, deve ser informado acerca de assuntos respeitantes à condução da política interna e externa do País", acusou Cavaco Silva.

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