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Seguro critica extinção de freguesias "por uns míseros euros"

O secretário-geral do PS, António José Seguro, manifestou-se hoje preocupado com os problemas do interior do país e criticou a reforma da administração local, questionando se "é por uns míseros euros que vamos extinguir uma freguesia".

27 de Julho de 2012 às 20:42
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O líder do PS falava durante uma sessão solene na Câmara de Reguengos de Monsaraz, que marcou o "pontapé de saída" de uma visita ao concelho alentejano a convite do município.

Na sua intervenção, centrada nos problemas do interior do país, o líder do PS, a propósito da reforma da administração local, lembrou que a "única ligação" das aldeias com os serviços públicos é feita através das juntas de freguesia e, por isso, questionou: "É por uns míseros euros que vamos extinguir uma freguesia?".

A propósito da extinção de serviços públicos, António José Seguro defendeu a necessidade de "não deixar nenhum português para trás, em particular os que têm menos recursos".

"Não tem sentido haver portugueses de primeira e portugueses de segunda. É necessário investir e criar emprego no interior do país e que as pessoas vivam lá", disse António José Seguro, manifestando-se contra a extinção de freguesias e o fecho de serviços públicos, como tribunais, centros de saúde, estações dos correios e postos da GNR.

A reorganização administrativa do território deve ser feita "de baixo para cima", defendeu António José Seguro, que, após a sessão solene, visitou a Carmim - Cooperativa Agrícola de Reguengos de Monsaraz, a maior adega cooperativa do país, com quase mil associados e que exporta para a Europa, África, Estados Unidos da América, América do Sul e Oriente.

Na sessão solene, o presidente da Câmara de Reguengos de Monsaraz, o socialista José Calixto, que discursou antes do líder do PS, também abordou os temas dos problemas do país e da reforma da administração local.

Numa referência aos "tempos muito difíceis" que actualmente afectam o país, "principalmente" o interior, o autarca, numa analogia à sigla PREC, que designa o Processo Revolucionário em Curso que decorreu após a Revolução de 25 de Abril de 1974, o autarca disse que "vivemos um novo PREC".

"Um autêntico processo de empobrecimento em curso, no qual se atacam as autarquias e as freguesias, como que assumidas um verdadeiro elo mais fraco de toda a estrutura político-administrativa do Estado", explicou.

Segundo o autarca, "neste processo reformista fundamental para os desafios que se deparam actualmente à coesão territorial do nosso país, deveríamos ter começado por uma descentralizarão política e um emagrecimento do Estado nas regiões".

José Calixto realçou a importância das autarquias locais, mas defendeu que "o poder local tem igualmente que se adaptar aos novos tempos".

"Temos a perfeita consciência e defendemos que uma autarquia deverá ser sempre uma instituição eficaz, sem luxos nem mordomias, deve ser socialmente eficiente, pragmática e saneada de pesos financeiros passados, que possam condicionar, no presente, as suas missões fundamentais", defendeu o autarca.

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