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Se as "tendências se confirmarem" reforma dos cuidados de saúde primários "terá terminado"

"Sem liderança, sem massa crítica, com processo formativo cujo resultado até ao momento é claramente negativo". É desta forma que o Observatório Português dos Sistemas de Saúde, define a reforma dos cuidados de saúde primários, mais concretamente o processo de implementação dos Agrupamentos de Centros de Saúde.

16 de Junho de 2010 às 09:57
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“Sem liderança, sem massa crítica, com processo formativo cujo resultado até ao momento é claramente negativo”. É desta forma que Ana Escoval, Constantino Sakellarides e Pedro Lopes Ferreira, coordenadores do Relatório de Primavera do Observatório Português dos Sistemas de Saúde (OPSS), definem a reforma dos cuidados de saúde primários, mais concretamente o processo de implementação dos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES).

“Se estas tendências se confirmarem e se estabelecerem como práticas correntes predominantes, poderá dizer-se que a reforma dos cuidados de saúde primários, naquilo que ela tem de mais distintivo e significativo, terá terminado”, garantem.

Até ao momento foram implementados 68 ACES “sem que fossem acauteladas condições essenciais ao desempenho da sua missão e ao cumprimento do espírito de reforma”, criticam os coordenadores deste relatório que atribuem à “vontade de fazer depressa”, “tudo igual ao mesmo tempo” e à ausência “de processo de pilotagem” a situação actual dos agrupamentos. Em relação às Unidades de Saúde Familiar (USF) o OPSS diz que "é tempo do Ministério apresentar resultados".

Toda a análise desta reforma dos cuidados de saúde primários está revestida de críticas. “Houve um claro desinvestimento”, uma “desmotivação crescente dos directores executivos que aceitaram o desafio”, um “processo formativo muito aquém das expectativas” e inexistência de liderança, lê-se no relatório.


E por tudo isto, o OPSS não tem dúvidas que para se concretizar plenamente a reforma dos cuidados de saúde primários é necessária “uma urgente correcção de percurso” que passa pela “preservação da "marca" da reforma, pelo seu modelo de governança e pela reavaliação da importância das lideranças da reforma”.

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