Rui Vilar, o recém eleito da Fundação Calouste Gulbenkian, renunciou hoje ao cargo por motivos de saúde, segundo um comunicado da instituição, citado pela agência Lusa. No documento, o conselho de administração da fundação informa que não aceitou a renúncia.

Contactada pelo Negocios.pt, fonte da fundação não estava disponível para comentar.

Na carta enviada à administração da fundação, a que a Lusa teve acesso, Rui Vilar justifica a decisão por lhe ter sido «diagnosticada uma lesão intestinal que implica uma intervenção cirúrgica com alguma urgência e carece de um período de recuperação que não é facilmente avaliável».

«Tudo ponderado, considerei que nesta circunstância não me encontro nas condições que a mim próprio exijo para exercer a presidência do conselho de administração da Fundação da Calouste Gulbenkian, para a qual fui há poucos dias eleito», segundo a mesma fonte.

No entanto, a administração da Gulbenkian informa em comunicado que «entende dever não aceitar tal renúncia».

«Neste momento difícil, o conselho exprime os votos de rápido e completo restabelecimento do Dr. Rui Vilar e manifesta o desejo que possa, no mais curto prazo de tempo, reassumir as suas funções», segundo o comunicado da instituição.

«Quando me preparava com entusiasmo para uma das mais honrosas missões da minha vida, é afinal outra e inesperada a luta que tenho que travar. Se a vencer, como espero, poderei continuar a dar o meu contributo à Fundação Calouste Gulbenkian», escreve Rui Vilar na referida carta.

Vilar foi eleito presidente da Fundação Calouste Gulbenkian na quinta-feira passada, na sequência da morte do anterior presidente Vitor Sá Machado.