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Rio: “Estado tem de cumprir” contrato com Novo Banco mas só se banco também cumprir

O PSD juntou-se à esquerda para bloquear uma nova transferência para o Novo Banco.

João Miguel Rodrigues
26 de Novembro de 2020 às 15:49
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O líder do PSD, Rui Rio, defende que o Estado só deve fazer novas transferências para o Novo Banco caso se comprove que a instituição está também a cumprir a sua parte.

O parlamento aprovou esta quarta-feira a proposta bloquista de alteração ao Orçamento do Estado que anula a transferência de 476 milhões de euros do Fundo da Resolução destinada ao Novo Banco, com votos favoráveis do PSD, BE, PCP e PAN.

"O estado português tem de cumprir mas temos de ter a certeza que do outro lado também estão a cumprir", afirmou Rui Rio, em declarações a partir do Parlamento.

O líder do PSD questiona por exemplo se as "vendas ao desbarato" de ativos não terão "menos valias fabricadas". "O Novo Banco a vender património um atrás do outro, sabe-se lá a quem, com perdas amontoadas, e os portugueses a pagarem.. há um momento que é preciso dizer basta", considera. "São milhões, milhões, milhões sem explicação. Não passa a título gratuito", insiste, ao mesmo tempo que considera que "basta de massacrar os contribuintes".

Acerca da acusação feita pelo Governo de que a posição do PSD é irresponsável, Rui Rio rejeita, salientando que "podiam existir" danos reputacionais para o país caso a intenção fosse não transferir "nem mais um tostão" para o banco, mas salienta que não é esse o objetivo. Quer que o Estado cumpra, mas "na altura certa". "Do meu lado há garantia que o estado vai cumprir. Quando tivermos a certeza que o Novo Banco está a cumprir também. E que aquelas verbas são justas".

A altura certa será, idealmente, após a conclusão da auditoria do Tribunal de Contas, segundo Rui Rio. Algo que, admite, não tem garantias de que "chegue a tempo" do pedido do Novo Banco, que estima que seja feito na altura de maio. Neste aspeto, o líder dos democratas questiona ainda o apuramento do valor já estar feito, antes de fechadas as contas deste ano. 

É "indiferente" se a proposta vem do BE ou do Chega

Acerca das alianças políticas, Rio desvaloriza: "Para mim é-me absolutamente indiferente se a proposta é do Bloco de Esquerda, se é do Chega ou seja o que for. Quando é do Chega dizem que sou fascista, quando é do BE se calhar sou comunista. Eu vou pela justeza das propostas", conclui.

O líder dos laranjas ataca ainda o Governo por o acusar de irresponsabilidade, quando, a seu ver, o Governo poderia ter negociado com o PCP. "O governo articulou o orçamento todo com o PC. E o partido comunista como é que votou? Com o PC é que eles podiam ter negociado, sem o voto do partido comunista não passava".

(Notícia atualizada Às 16:32 com mais informação)

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