Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Retoma da economia portuguesa manteve-se em Fevereiro

Os resultados do Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre a conjuntura da actividade económica, revelam que a retoma do crescimento económico, iniciada em meados de 1999, se manteve até ao...

20 de Março de 2000 às 17:35
  • ...
Os resultados do Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre a conjuntura da actividade económica, revelam que a retoma do crescimento económico, iniciada em meados de 1999, se manteve até ao final de Fevereiro de 2000, com o indicador de clima económico a atingir os 4,7%, valor mais alto desde meados de 1998 e o indicador da actividade económica a demonstrar uma evolução positiva.

Segundo os dados expressos na Síntese Económica Mensal, os factores que estão na base desta evolução favorável da actividade económica são o crescimento positivo do produto industrial, do investimento, do consumo de bens duradouros e das exportações. Além disso, esta melhoria foi acompanhada, por um maior dinamismo das ofertas de emprego, o que contribuíu para a descida do desemprego no final de Fevereiro, ao nível mais baixo dos últimos anos, situando-se nos 4,1%. O INE prevê que esta taxa, corrigida das variações sazonais, possa continuar a descer no primeiro semestre de 2000.

Quanto ao índice de preços do consumidor (IPC), este tem vindo a baixar consideravelmente, situando-se nos 1,8% em Fevereiro de 2000, quando já esteve nos 3,1% no último trimestre de 1998. No entanto, em virtude da política de não actualização dos preços de derivados de petróleo, é «possível que a inflação venha a sofrer alguma aceleração», salienta o INE.

Comparativamente ao dos nossos parceiros da UE, o ciclo económico em Portugal tem-se mantido a par. A evolução favorável que se tem sentido na UE é resultado da retoma da procura mundial, o que levou ao aumento do ritmo das exportações, induzindo assim, um crescimento do PIB na ordem dos 3%, durante o quarto trimestre de 1999. O dinamismo da procura interna nos Estados Unidos, foi uma das causas principais para um crescimento superior ao verificado na UE, funcionando em sentido oposto no que toca à economia japonesa que, recorde-se, entrou em recessão técnica.

O indicador da actividade económica, registou uma subida de 0,2%, no último trimestre de 1999, face ao penúltimo, enquanto que o indicador de clima económico se situava nos 4,7% em Fevereiro de 2000, em relação aos 4% do último trimestre de 1999. Os indicadores de climas sectoriais, que refletem as opiniões do empresários portugueses nos sectores da indústria transformadora, indústria, construção e comércio, acompanharam a tendência e evoluiram favoravelmente, com excepcção ao indicador de clima na construção, que passou dos 0,35 em Dezembro de 1999, para os 0,17 em Fevereiro de 2000. De entre os sectores mencionados, o do comércio é aquele que revela um maior crescimento, no entanto, verifica-se que a confiança na indústria portuguesa em geral, retomou aos empresários portugueses.

De registar um agravamento significativo do défice comercial, consequência de um crescimento das importações superior ao das exportações. São apontados «a alta nos preços das matérias-primas e do dólar como responsáveis para a subida nos preços das importações, com efeitos ao nível das importações de combustíveis e de alguns produtos alimentares». No entanto, o défice comercial ter-se-ía agravado, mesmo sem o efeito da subida nos preços, pelo seu ritmo de crescimento bastante superior ao das exportações.

Em relação ao indicador coincidente com a FBCF, que traduz o investimento, recuperou significativamente nos primeiros dois meses de 2000. A procura de bens de consumo corrente e duradouro, excluindo automóveis, manteve-se numa posição positiva e estável, o mesmo não se passando para a evolução das vendas de automóveis, que, contudo, conseguiram uma «evolução menos desfavorável do que no último trimestre do ano passado».

Outras Notícias
Publicidade
C•Studio