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Restaurantes e hotéis contribuem para a quebra de preços em julho
Os preços recuaram 1,3% face a junho, tendo praticamente estabilizado (0,1%) em termos homólogos. Hotéis, restaurantes, calçado e vestuário pressionam quebra de preços mas despesas de habitação sobem.
O Índice de Preços no Consumidor (IPC) recuou 1,3% em julho face ao mês anterior e praticamente estagnou em termos homólogos (0,1%), revelam os dados publicados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística.
A variação média de doze meses, que é habitualmente usada como referência, por exemplo, para o aumento de salários – nas circunstâncias em que essa atualização existe – foi de 0,1%. O que também significa que as rendas deverão mesmo ficar congeladas (ou praticamente congeladas) no próximo ano.
Na comparação com o mês anterior (-1,3%) a classe dos restaurantes e hotéis é a que mais contribui para a queda. Mas as despesas de habitação ainda sobem.
"A classe com maior contributo negativo para a taxa de variação mensal do índice total foi a dos restaurantes e hotéis", com uma variação mensal de -4,6%, diz o INE.
Embora com um contributo eventualmente menor, a quebra dos preços no setor do vestuário e calçado, em termos homólogos, foi ainda mais expressiva (-9,9%).
Já em sentido inverso "a classe com maior contributo positivo para a variação mensal foi a da habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis", com um aumento de 0,6% face ao mês anterior, refer o INE.
Mesmo assim, e em comparação com o mesmo mês do ano anterior, os preços da classe dos restaurantes e hotéis ainda sobem.
O que já está a cair em termos homólogos são os transportes e o lazer, recreação e cultura.
Já na variação média dos últimos doze meses, que relativiza fenómenos pontuais, os preços das comunicações (-3,4%) e do vestuário e calçado são os que mais descem (-3,2%) enquanto os de restaurantes e hotéis ainda são dos que mais sobem (1,83%).
Inicialmente, o INE tinha apontado para uma variação de 0,2% em termos homólogos, que agora é revista em baixa para 0,1%.