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Refinarias norte-americanas começam a ceder sob intensa pressão

O elevado nível de produção a que as refinarias norte-americanas estão a operar, de forma a colocar no mercado gasolina suficiente para corresponder à procura nos meses de Verão, está a provocar avarias em algumas unidades de produção, limitando a capacid

06 de Junho de 2005 às 13:42
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O elevado nível de produção a que as refinarias norte-americanas estão a operar, de forma a colocar no mercado gasolina suficiente para corresponder à procura nos meses de Verão, está a provocar avarias em algumas unidades de produção, limitando a capacidade de refinação de crude. O mercado, por sua vez, começa a demonstrar cada vez mais preocupação com esta falta de capacidade de processamento, o que se traduziu ontem numa valorização que deixou o preço do crude no valor mais elevado das últimas seis semanas.

A notícia de que duas refinarias, da Hovensa e da Exxon Mobil, pararam de produzir nos últimos dias levou a que a cotação do crude, em Nova Iorque, subisse perto de 1% para os 55,55 dólares, elevando para mais de 6% o ganho que a matéria-prima acumula no espaço de uma semana.

Isto apesar dos «stocks» de crude e de gasolina terem aumentado na última semana, o que leva os analistas a afirmar que a preocupação dos investidores não está agora tão centrada no nível das reservas mas sim na capacidade de colocar gasolina disponível para os consumidores.

Apesar destas preocupações com a procura de gasolina nos meses do Verão, há analistas que referem que não há justificação para a recente subida das cotações. «Desde Março de 2003, na altura da invasão do Iraque, que os preços parecem não ser justificados pelos eventos», afirmou Peter Beutel, presidente da Cameron Hanover, em declarações à Bloomberg.

À espera da OPEP

Um dado que está a marcar o mercado petrolífero nestes dias é a aproximação da reunião da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP), que está agendada para 15 de Junho e onde o cartel deverá debater o nível de produção nos próximos meses.

A organização «prometeu» em Março contribuir para que os «stocks» de crude aumentassem, elevando a sua produção para um valor superior a 30 milhões de barris por dia, e apesar de ao longo das últimas semanas terem surgido algumas ameaças de corte nos valores debitados, os analistas antecipam que o cartel mantenha o nível de produção inalterado.

O crude, em Nova Iorque, seguia a ganhar 0,35% para 55,22 dólares e o «brent», em Londres, avançava 0,33% para os 54,35 dólares.

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