José Sócrates diz que o mundo mudou muito nos últimos 15 dias e que está convencido de que os portugueses entenderão bem a necessidade de aumento de impostos.
“Há três meses, pensávamos que não precisávamos de o fazer – seria até desejável não o fazer - mas depois do que aconteceu nos últimos 15 dias na Europa é preciso”, afirmou.
“A nossa posição sempre foi que deveríamos fazer este ajuste orçamental sem recurso ao aumento dos impostos. Sempre estive convencido de que isso era possível e desejável fazer-se. Era o nosso plano inicial. Batalhámos por isso e conseguimos aprovar um PEC sem aumento de impostos, a não ser sobre as mais-valias”, explicou o primeiro-ministro português.
“Esse PEC foi bem recebido no mundo. Mas a verdade é que esse mundo mudou, e de que forma, nos últimos 15 dias. Ora, nós temos de responder a isso. Temos de fazer mais do que nos propusemos fazer”, declarou.
Sem estas medidas, "financiamento à nossa economia não estaria assegurado"
“Este esforço adicional não pode ser feito de outra forma que não seja aumentar ligeiramente os impostos por forma a reduzir em 1% o nosso défice. (...) Se não tomássemos estas medidas, a ausência de acção teria um efeito recessivo. O financiamento à nossa economia não estaria assegurado”, referiu Sócrates em conferência de imprensa.
“Estou convencido que os portugueses entenderão bem”, acrescentou.