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Putin evoca “guerra patriótica” enquanto Kiev marca Dia da Europa à espera da adesão

Presidente russo discursou na Praça Vermelha contra ““russofobia” das “elites globalistas” dos velhos aliados. Ucrânia recebe Ursula von der Leyen, lembrando o início da construção da União Europeia.

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09 de Maio de 2023 às 10:13
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O Presidente russo, Vladimir Putin, assinalou nesta terça-feira, em Moscovo, o Dia da Vitória, que comemora na Russia e ex-repúblicas soviéticas a capitulação nazi no final da II Guerra Mundial, com um discurso contra as lideranças dos velhos países aliados num momento em que a invasão russa da Ucrânia persiste e Kiev marca o Dia da Europa com a presença da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

 

Num discurso de cerca de dez minutos que antecedeu um minuto de silêncio, na Praça Vermelha, Putin evocou a chamada "guerra patriótica" com ataques às "elites globalistas" dos países que hoje apoiam a Ucrânia na resposta à ocupação russa, acusando-as de "russofobia"

 

"Tal como maioria da população mundial, queremos ver o nosso futuro pacífico, livre e estável. Consideramos que qualquer ideologia de superioridade, por sua natureza, é repugnante, criminosa e mortal", afirmou, em declarações difundidas e traduzidas pela RTP.

 

A data simbólica teve nesta terça-feira comemorações concentradas na capital russa, com as agências internacionais a darem conta do cancelamento de cerimónia noutras cidades russas e nos territórios ocupados da Ucrânia, invadida por Moscovo a 24 de fevereiro do ano passado.

 

O momento foi aproveitado por Putin para a defesa da posição russa. "Uma verdadeira guerra está a ser lançada contra a nossa pátria", afirmou.

 

Na última madrugada, a Rússia terá, segundo o relato das Forças Armadas ucranianas, lançado 25 mísseis contra a Ucrânia, tendo 23 deles sido abatidos.

 

Os ataques ocorreram em véspera da chegada da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, a Kiev, para assinalar na Ucrânia o Dia da Europa, que celebra o início do processo de construção da União Europeia após a II Guerra Mundial, num momento em que Kiev espera a adesão ao bloco dos 27.  

 

"É bom estar de volta a Kiev, Onde os valores que acarinhamos são defendidos diariamente. É por isso o local indicado para celebrar o Dia da Europa", afirmou a líder do executivo europeu à chegada através de uma publicação no Twitter.

 

Na véspera, Volodymyr Zelensky, o Presidente da Ucrânia, assinalou também na rede social o final da ocupação nazi na Europa com a rendição alemã. "Hoje, a 8 de maio, quando o mundo recorda as palavras ‘Nunca de novo!’, nós na Ucrânia damos pleno sentido a essas palavras. Não apenas para lembrar, mas também para proteger. Não apenas valorizar a vida, mas fazer tudo para garantir que quem quer que ameace a vida, quem quer que traga agressão, quem quer que recorra ao terror contra outras nações, que tal mal seja derrotado", escreveu.

 

Devido à invasão, a Ucrânia optou neste ano por estabelecer o dia 8 de maio como aquele que assinala a derrota da forças nazis, algo que fazia habitualmente a 9 de maio.

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