Notícia
UE aponta pela primeira vez à China em novas sanções contra Moscovo
A Comissão Europeia preparou o documento de partida para a discussão do 11.º pacote de sanções à Rússia, que começará a ser discutido na quarta-feira. Em cima da mesa estão sanções a empresas chinesas.
A Comissão Europeia propôs a aplicação de sanções a várias empresas chinesas e de países que estejam a ajudar a Rússia a fugir às sanções aplicadas após a invasão russa da Ucrânia, em fevereiro do ano passado. Caso esta proposta avance, será a primeira vez que a União aplica sanções diretamente à China.
De acordo com documentos vistos pela Reuters, Bloomberg e Financial Times, o braço executivo da UE requisitou os Estados-membros para a aplicação de sanções a 35 entidades, cuja lista inclui empresas na China e em Hong Kong, bem como no Uzbequistão, Arménia e Emirados Árabes Unidos.
A lista inclui ainda várias empresas iranianas que já foram sancionadas por fabricarem e fornecerem drones a Moscovo, bem como centenas de empresas russas.
O alvo da Comissão são empresas que estejam "diretamente a apoiar os complexos militares e industriais russos nesta guerra de agressão contra a Ucrânia" e pede "restrições mais rígidas relativamente ao duplo uso de bens e tecnologia, bem como bens e tecnologias que possam contribuir para a melhoria do setor de defesa e segurança russo", pode ler-se num dos documentos.
Questionado sobre a proposta, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Webin, afirmou que as trocas comerciais chinesas com a Rússia são completamente legitimas" e que "se as notícias são verdade, as ações da União Europeia vão seriamente enfraquecer a confiança mútua e a cooperação entre a China e a UE e aumentar a divisão e o confronto no mundo".
"É altamente perigoso", acrescentou, referindo ainda que a China "urge a UE a não ir por este caminho errado, caso contrário a China vai tomar ações firmes para salvaguardar os seus interesses legítimos e legais".
Segundo a Reuters, o bloco dos 27 poderá também tentar aumentar a dimensão da lista de produtos proibidos de transportar para a Rússia, para tentar impedir que o Kremlin tenha acesso a tecnologia usada no campo de batalha contra a Ucrânia.
Relativamente a produtos energéticos, está também em causa a possibilidade de banir cargueiros petrolíferos que não tenham uma boa justificação para ocultar a sua localização de origem. Isto numa altura em que vários media têm reportado que há navios que têm estado a escapar às sanções ao petróleo russo imposto pelo G7 pretendendo que a sua carga não vem da Rússia.
Este é o 11.º pacote de sanções da União Europeia - que necessita da aprovação de todos os países para ser colocado em prática - e que poderá ainda mudar devido a divergências económicas e políticas. As medidas devem começar a ser discutidas esta quarta-feira.
De acordo com documentos vistos pela Reuters, Bloomberg e Financial Times, o braço executivo da UE requisitou os Estados-membros para a aplicação de sanções a 35 entidades, cuja lista inclui empresas na China e em Hong Kong, bem como no Uzbequistão, Arménia e Emirados Árabes Unidos.
O alvo da Comissão são empresas que estejam "diretamente a apoiar os complexos militares e industriais russos nesta guerra de agressão contra a Ucrânia" e pede "restrições mais rígidas relativamente ao duplo uso de bens e tecnologia, bem como bens e tecnologias que possam contribuir para a melhoria do setor de defesa e segurança russo", pode ler-se num dos documentos.
Questionado sobre a proposta, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Webin, afirmou que as trocas comerciais chinesas com a Rússia são completamente legitimas" e que "se as notícias são verdade, as ações da União Europeia vão seriamente enfraquecer a confiança mútua e a cooperação entre a China e a UE e aumentar a divisão e o confronto no mundo".
"É altamente perigoso", acrescentou, referindo ainda que a China "urge a UE a não ir por este caminho errado, caso contrário a China vai tomar ações firmes para salvaguardar os seus interesses legítimos e legais".
Segundo a Reuters, o bloco dos 27 poderá também tentar aumentar a dimensão da lista de produtos proibidos de transportar para a Rússia, para tentar impedir que o Kremlin tenha acesso a tecnologia usada no campo de batalha contra a Ucrânia.
Relativamente a produtos energéticos, está também em causa a possibilidade de banir cargueiros petrolíferos que não tenham uma boa justificação para ocultar a sua localização de origem. Isto numa altura em que vários media têm reportado que há navios que têm estado a escapar às sanções ao petróleo russo imposto pelo G7 pretendendo que a sua carga não vem da Rússia.
Este é o 11.º pacote de sanções da União Europeia - que necessita da aprovação de todos os países para ser colocado em prática - e que poderá ainda mudar devido a divergências económicas e políticas. As medidas devem começar a ser discutidas esta quarta-feira.