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PSD vai fazer exposição ao Conselho Superior do Ministério Público sobre buscas
O presidente do PSD anunciou hoje que o partido vai fazer uma exposição ao Conselho Superior do Ministério Público sobre as buscas da semana passada, depois de ter recebido uma resposta da procuradora-geral da República (PGR) considerada insuficiente.
19 de Julho de 2023 às 23:19
O presidente do PSD anunciou hoje que o partido vai fazer uma exposição ao Conselho Superior do Ministério Público sobre as buscas da semana passada, depois de ter recebido uma resposta da procuradora-geral da República (PGR) considerada insuficiente.
"Temos de garantir que em Portugal a democracia funciona", afirmou Luís Montenegro, no jantar do grupo parlamentar do PSD.
Depois de alguns deputados terem criticado a forma como a direção do partido e da bancada reagiu às buscas efetuadas pela Polícia Judiciária à casa do ex-presidente Rui Rio e a sedes do partido, Montenegro voltou a considerar adequada a resposta dada, lembrando que foi enviada uma carta a Lucília Gago um dia depois, alertando para a desproporção das mesmas.
"A senhora Procuradora-geral entendeu responder-nos, dizendo apenas que tinha tomado nota e enviado para o processo a nossa preocupação. É naturalmente pouco", afirmou.
Por isso, anunciou, nos próximos dias o partido decidiu "apresentar uma exposição ao Conselho Superior do Ministério Público para que seja apurada toda a envergadura e todo o respeito das regras destas diligências", por um lado.
"Por outro lado, para que nunca seja permitido que a informação apreendida e que não é necessária possa ser salvaguardada. Não vamos aceitar que quem quer seja possa ter elementos que possa usar para condicionar ação política do partido", afirmou.
Sem responder diretamente ao apelo de alguns deputados para que a PGR fosse chamada ao parlamento, Montenegro assegurou que o partido "não quer ofender ninguém nem ir a correr patrocinar alterações legislativas", apelando à colaboração de todos para "não haver nenhuma dúvida sobre a conduta política" do PSD.
"Não somos daqueles que tratam de assuntos sérios de forma irresponsável. Não vejo razão nenhuma para nós estarmos a ter qualquer posição assente em estados de alma ou em agendas pessoais de quem quer que seja", afirmou.
Este anúncio foi feito na fase final de um discurso de quase 40 minutos, no qual Montenegro quis frisar que "os partidos não estão acima de lei". "Temos convicção de termos feito tudo nos parâmetros da lei, mas se há dúvidas nós esclarecemos", assegurou.
Dizendo não querer entrar em muitos detalhes, já que o PSD está a terminar o levantamento dos documentos recolhidos nas buscas, Montenegro considerou claro foi "desrespeitado o princípio da proporcionalidade" com a apreensão de equipamentos eletrónicos como telemóveis ou a clonagem de computadores apenas para esclarecer a partilha de recursos humanos entre o grupo parlamentar e o funcionamento do partido.
O presidente do PSD aproveitou esta intervenção para deixar um apelo à união de todos no partido, depois de vários episódios de tensão na bancada parlamentar, na maioria 'herdada' da anterior direção de Rui Rio.
"Eu não sou dado a intrigas nem à mesquinhez na política, todos os grupos parlamentares têm as suas idiossincrasias, as suas origens e a sua forma de estar e trabalhar, foi sempre assim", disse, reiterando que "este é o seu grupo parlamentar", no qual tem toda a confiança.
Luís Montenegro voltou a deixar muitos elogios ao líder parlamentar Joaquim Miranda Sarmento, cuja postura disse ver "cada vez mais reconhecida fora do parlamento".
"Espero que saibamos todos cumprir a nossa a missão de sermos um farol de esperança de Portugal para o futuro (...) Saibamos nós não estragar nada, pelo contrário acrescentar, juntar e somar", apelou, num jantar que reuniu deputados, membros da direção, presidentes de distritais e no qual marcou presença o ex-líder parlamentar José Pedro Aguiar Branco.
"Temos de garantir que em Portugal a democracia funciona", afirmou Luís Montenegro, no jantar do grupo parlamentar do PSD.
Depois de alguns deputados terem criticado a forma como a direção do partido e da bancada reagiu às buscas efetuadas pela Polícia Judiciária à casa do ex-presidente Rui Rio e a sedes do partido, Montenegro voltou a considerar adequada a resposta dada, lembrando que foi enviada uma carta a Lucília Gago um dia depois, alertando para a desproporção das mesmas.
Por isso, anunciou, nos próximos dias o partido decidiu "apresentar uma exposição ao Conselho Superior do Ministério Público para que seja apurada toda a envergadura e todo o respeito das regras destas diligências", por um lado.
"Por outro lado, para que nunca seja permitido que a informação apreendida e que não é necessária possa ser salvaguardada. Não vamos aceitar que quem quer seja possa ter elementos que possa usar para condicionar ação política do partido", afirmou.
Sem responder diretamente ao apelo de alguns deputados para que a PGR fosse chamada ao parlamento, Montenegro assegurou que o partido "não quer ofender ninguém nem ir a correr patrocinar alterações legislativas", apelando à colaboração de todos para "não haver nenhuma dúvida sobre a conduta política" do PSD.
"Não somos daqueles que tratam de assuntos sérios de forma irresponsável. Não vejo razão nenhuma para nós estarmos a ter qualquer posição assente em estados de alma ou em agendas pessoais de quem quer que seja", afirmou.
Este anúncio foi feito na fase final de um discurso de quase 40 minutos, no qual Montenegro quis frisar que "os partidos não estão acima de lei". "Temos convicção de termos feito tudo nos parâmetros da lei, mas se há dúvidas nós esclarecemos", assegurou.
Dizendo não querer entrar em muitos detalhes, já que o PSD está a terminar o levantamento dos documentos recolhidos nas buscas, Montenegro considerou claro foi "desrespeitado o princípio da proporcionalidade" com a apreensão de equipamentos eletrónicos como telemóveis ou a clonagem de computadores apenas para esclarecer a partilha de recursos humanos entre o grupo parlamentar e o funcionamento do partido.
O presidente do PSD aproveitou esta intervenção para deixar um apelo à união de todos no partido, depois de vários episódios de tensão na bancada parlamentar, na maioria 'herdada' da anterior direção de Rui Rio.
"Eu não sou dado a intrigas nem à mesquinhez na política, todos os grupos parlamentares têm as suas idiossincrasias, as suas origens e a sua forma de estar e trabalhar, foi sempre assim", disse, reiterando que "este é o seu grupo parlamentar", no qual tem toda a confiança.
Luís Montenegro voltou a deixar muitos elogios ao líder parlamentar Joaquim Miranda Sarmento, cuja postura disse ver "cada vez mais reconhecida fora do parlamento".
"Espero que saibamos todos cumprir a nossa a missão de sermos um farol de esperança de Portugal para o futuro (...) Saibamos nós não estragar nada, pelo contrário acrescentar, juntar e somar", apelou, num jantar que reuniu deputados, membros da direção, presidentes de distritais e no qual marcou presença o ex-líder parlamentar José Pedro Aguiar Branco.