A investigação ao alegado uso indevido de subvenções do Parlamento pelo PSD no tempo da direção de Rui Rio vai alargar-se aos restantes partidos com assento na Assembleia da República (AR), avança o Expresso na edição desta sexta-feira.

O objetivo é tentar perceber se, de facto, os assessores trabalham para os respetivos grupos parlamentares ou se não têm qualquer tipo de atividade no Parlamento, mas apenas partidária, recebendo na mesma dinheiro da AR.

De acordo com fontes ouvidas pelo semanário, a denúncia de dirigentes do PSD não identificados — que chegou ao Ministério Público no verão de 2020 e que foi considerada "muito credível" — deu a pista aos procuradores sobre a possibilidade de existirem situações semelhantes noutros grupos parlamentares.

As buscas do dia 12 de julho, originadas por esta denúncia, geraram protestos do presidente da AR, ministros e dirigentes partidários, que acusaram o Ministério Público de intromissão no poder político, de "desproporcionalidade" de meios e de ter divulgado a operação para a comunicação social.