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Proposta de aumento do salário mínimo sobe a plenário para ser chumbada
Os deputados da comissão de Trabalho e Segurança Social consideraram que, face à resposta do gabinete de Assunção Esteves, a proposta sobre o aumento do salário mínimo deve ser hoje discutida em plenário
Os deputados da Comissão de Trabalho e Segurança Social decidiram esta quarta-feira que a proposta da Assembleia Geral da Madeira para o aumento do salário mínimo deve ser debatida e votada esta tarde.
Os deputados tinham levantado dúvidas sobre a competência da Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira para fazer propostas que implicam o aumento do salário mínimo em todo o País.
As dúvidas suscitaram um pedido de esclarecimento à presidente da Assembleia da República, que na resposta considerou que uma vez que há "um parecer da comissão especializada no mesmo sentido [de admitir o diploma]" cabe agora à Comissão de Trabalho "decidir politicamente".
A proposta, que na prática defende o aumento do salário mínimo para 533 euros a partir de 1 de Janeiro, será discutida e votada esta tarde, a partir das 15h.
O CDS e o PS têm insistido na necessidade de aumentar o salário mínimo, mas a proposta deverá ser chumbada com os votos contra do PSD e do CDS, que argumenta que a questão tem que ser previamente discutida em concertação social.
As confederações patronais já mostraram uma disponibilidade genérica para negociar o aumento do salário mínimo a partir do próximo ano, admitindo uma subida dos actuais 485 euros para 500 euros.
O ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, chegou a anunciar que iria promover um entendimento entre parceiros sociais com o objectivo de levar uma proposta concreta à troika, em Fevereiro passado. No entanto, a iniciativa acabou por não se concretizar.
O aumento do salário mínimo está condicionado pelo memorando da troika, que diz que qualquer subida deve ser precedida de uma consulta aos credores e que deve ter em conta a evolução da situação económica.