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Primeiro rosto da troika em Portugal vai reformar-se em julho

Thomsen é atualmente diretor do Departamento Europeu do FMI, instituição onde trabalhou nos últimos 37 anos, quase sempre a acompanhar de perto os países europeus

Poul Thomsen, vice-presidente do departamento europeu do FMI, foi o terceiro a intervir
Miguel Baltazar/Negócios
03 de Fevereiro de 2020 às 20:11
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O Fundo Monetário Internacional anunciou esta segunda-feira que Poul Thomsen está de saída da instituição, uma vez que vai reformar-se em julho deste ano.

 

Poul Thomsen ficou conhecido como Mr. Blue Eyes ("senhor dos olhos azuis") durante a sua experiência enquanto líder da missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) na Grécia.

 

Antes disso, o dinamarquês foi o principal responsável da missão do FMI em Portugal, sendo também o rosto mais conhecido da troika no país depois do Governo de José Sócrates ter pedido assistência financeira internacional em abril de 2011.

 

Thomsen é atualmente diretor do Departamento Europeu do FMI (cargo que ocupa desde novembro de 2014), instituição onde trabalhou nos últimos 37 anos, quase sempre a acompanhar de perto os países europeus.

 

Foi também um dos rostos dos resgates a países europeus, pois liderou o programa de Portugal e depois assumiu a liderança do mais problemático programa de assistência da Grécia.

 

"Poul trabalhou de perto com todos os 44 países europeus e desempenhou um papel particularmente relevante na definição de políticas para os muitos países que transitaram para uma economia de mercado após a queda do muro de Berlim", assinala Kristalina Georgieva, diretora-geral do FMI.  

 

Enquanto esteve em Portugal (saiu do programa português em fevereiro de 2012) foi um dos principais defensores da chamada "desvalorização fiscal", insistindo numa redução muito agressiva da Taxa Social Única (TSU) das empresas e maior flexibilidade salarial. "Nós defendemos um primeiro passo agressivo. Consideramos que um corte de 2% do PIB [à TSU] é apropriado", chegou a afirmar. Uma posição que não tinha o acordo da Comissão Europeia, nem do Governo português e que acabou por ser abandonada.

Em 2016, Poul Thomsen afirmou à Reuters que Portugal estava na "direcção errada" e precisava de mais austeridade.

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