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Presunto espanhol não entra na Argentina (Correcção)

A Argentina quer travar as importações de presunto no seu país. Os espanhóis já fazem contas. No ano passado a Argentina importou 274 toneladas de presunto de Espanha, cerca de 18 mil milhões de euros. E acaba por ser mais um episódio na recente guerra Espanha-Argentina.

09 de Maio de 2012 às 18:53
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A Argentina quer travar as importações de presunto. Espanha é das principais prejudicadas. E acaba por ser mais um episódio na recente guerra Espanha-Argentina, depois do Governo de Cristina Kirchner ter nacionalização a posição da Repsol na YPF. Espanha retaliou com medidas comerciais, limitando as compras de biocombustível à Argentina. Agora, embora não se associe a actual medida à guerra, a Argentina quer limitar as compras de presunto a Espanha.

O secretário de Estado do Comércio, Guillermo Moreno, firmou hoje um acordo com os produtores argentinos de carne de porco para limitar as importações, sob a condição da indústria argentina aumentar a sua oferta.

A Associação Argentina de Produtores de Porco comprometeu-se a comprar menos 20% do que no ano passado em produtos ligados ao porco, como pernil fatiado ou toucinho, e ainda a não importar carne de ossos de porco ou tripas (usadas nos enchidos) nem produtos terminados, como o presunto serrano espanhol.

Por outro lado, têm de exportar o equivalente ao que importarem.

Espanha faz contas. Segundo o "El Mundo", a Argentina importou, no ano passado, 274 toneladas de presunto espanhol, com um valor de cerca de 1,8 milhões de euros. Espanha foi o principal exportador deste produto, seguindo-se o Brasil e Itália.

Este acordo vem na linha dos objectivos do governo de Kirchner de limitar as importações. Já em 2010, o secretário de Estado do comércio quis limitar as importações de produtos que tivessem produções na Argentina. E afirmava: "palmitos sim, presunto não". Esta é, no entanto, mais uma medida proteccionista daquela economia latino-americana.

Se no presunto, o prejuízo é espanhol, no pernil fatiado e no toucinho é o Brasil o mais afectado. O governo brasileiro tem protestado contra o que considera serem medidas proteccionistas, contrárias ao espírito do Mercosul.

(Corrige o valor das importações de presunto de Espanha para a Argentina)
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