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Presidente moçambicano propõe "uma CPLP" com estratégia arrojada

O chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, lançou esta quinta-feira o "desafio" a Cavaco Silva para que a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) seja mais "arrojada" do ponto de vista económico e empresarial. 

Reuters
16 de Julho de 2015 às 23:08
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"Gostaria de lançar aqui o desafio para que a nossa CPLP tenha uma estratégia arrojada. Isto é, sair do ditado de que só a língua comum é o que nos une para desembarcar numa cooperação económica e empresarial, que poderá sustentar a sua existência", disse hoje o presidente de Moçambique durante um jantar oferecido por Cavaco Silva, no Palácio da Ajuda, em Lisboa.

 

Filipe Nyusi, que iniciou hoje uma visita de Estado a Portugal, disse que os empresários portugueses precisam de se juntar cada vez mais com os parceiros moçambicanos e "imprimir" mais agressividade na diplomacia económica e ter maior intervenção no sector privado.

 

O presidente moçambicano sublinhou que Portugal ocupa o quarto lugar no volume de investimentos em Moçambique, com cerca de uma centena de projectos em sectores estruturantes para a economia do país.

 

Segundo Nyusi, as empresas portuguesas "consolidam" a presença nos sectores da agricultura, turismo, energia, indústria transformadora, construção e sector financeiro, entre outros.

 

"O grande desafio actual é o incremento de parcerias com os moçambicanos para o seu fortalecimento mas, sobretudo, para tornar os investidores mais competitivos no mercado regional da SADC (Southern African Development Community) e no intercâmbio comercial com os países da União Europeia", disse Filipe Nyusi.

 

Confiante no incremento das relações económicas entre Portugal e Moçambique, Nyusi recordou os laços históricos que unem os dois países sublinhando os 40 anos da independência que se assinalaram no passado dia 25 de Junho.

 

"A parte mais apetitosa da nossa história comum decorre da coincidência da celebração do 40º aniversário da nossa independência e da vitória da democracia em Portugal contra a ditadura então reinante, a Revolução dos Cravos", afirmou.

 

Sem se referir directamente à recente instabilidade verificada em Moçambique, Filipe Nyusi recordou que na tomada de posse como chefe de Estado prometeu garantir e preservar a paz e o diálogo. "Dissemos que íamos liderar um governo que privilegie a paz e onde se promove o diálogo acima de disputas domésticas pelo poder", disse Nyusi sem se referir a partidos políticos moçambicanos.

 

O presidente moçambicano iniciou hoje uma visita de Estado a Portugal, tendo-se encontrado com o primeiro-ministro, Passos Coelho, além dos encontros com Cavaco Silva. Filipe Nyusi visitou ainda a Assembleia da República, a Câmara Municipal de Lisboa e a sede da CPLP.

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