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Presidente da AIP pede ao Governo que seja “obsessivo” na redução da despesa

José Eduardo Carvalho referiu-se aos empresários nacionais como “os sobreviventes da crise” e pediu ao Executivo que não os deixe “à esquerda” das reformas.

09 de Outubro de 2013 às 13:18
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José Eduardo Carvalho, presidente da direcção da AIP, lembrou esta quarta-feira que os empresários portugueses sofreram os efeitos da crise, mas são os grandes “sobreviventes” e “heróis”.

 

“Hoje, quem vai reflectir sobre a competitividade empresarial são aqueles que, em momentos de recessão e infortúnio, vêm todo o património pessoal e familiar comprometido, e não raras vezes arrastado para a indigência sem qualquer tipo de protecção social”, afirmou José Eduardo Carvalho, no discurso de abertura da Convenção Empresarial promovida pela AIP. “Ficou muita gente pelo caminho desde Janeiro de 2008. O número de insolvências e dissoluções naturais é de 112.583”.

 

O presidente da AIP defendeu que ao longo deste período de crise, os empresários foram “dos estractos sociais que maior compreensão e responsabilidade demonstraram” perante as consequências da recessão e que, por isso, a convenção é feita “pelos e para os sobreviventes desta crise”.

 

“Todos os que estão aqui são os heróis e os verdadeiros líderes do Portugal empresarial”, disse o responsável perante uma plateia de cerca de 1500 empresários. “Não nos parece racional que estejam à esquerda das reformas e de medidas liberalizantes do enquadramento da actividade económica”.

 

De forma a promover o crescimento da economia portuguesa, José Eduardo Carvalho considera essencial que se cumpram algumas condições, entre as quais, a solvabilidade do Estado através de um equilíbrio orçamental baseado na redução da despesa, e a revisão da Constituição Portuguesa. “Não é possível continuar impávidos a assistir a julgamentos constitucionais decididos 15 meses após a implementação de normas e regras em áreas como as relações laborais”, explicou.

 

Dirigindo-se ao primeiro-ministro, que estava na plateia, o presidente da AIP disse não duvidar “que a redução da dívida dependa do crescimento da economia”. “Mas esta não cresce com uma despesa pública e défices orçamentais insustentáveis. Cada dia o Estado gasta 29 milhões que não tem e pede emprestado 31,4 milhões”, acrescentou.

 

E deixou um pedido ao executivo: “Controlem os défices e sejam obsessivos com a redução da despesa”.

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