Notícia
Presidenciais: Eleitores em busca da sua mesa de voto
Eleitores com cartão do cidadão e que não se informaram previamente enfrentam dificuldades em saber onde é a sua mesa de voto. Casos contados na primeira pessoa recolhidos pela agência Lusa um pouco por todo o país.
23 de Janeiro de 2011 às 17:38
Eleitores por todo o país aguardavam hoje à tarde em longas filas, com cartão de cidadão na mão, para obter novo número de recenseamento, problema agravado pelas falhas nos serviços electrónicos disponibilizados pelo Governo para facilitar o processo.
No Liceu Camões, em Lisboa, cerca de 50 pessoas aguardaram pelo menos meia hora, de cartão de cidadão em punho, para conhecer o novo número de eleitor, constatou a agência Lusa no local.
Depois de se dirigirem às mesas de voto correspondentes ao número de recenseamento das eleições anteriores (as autárquicas de 2009), os eleitores não viam o seu nome e número de identidade coincidirem e eram, assim, encaminhados para um posto de atendimento da Junta de Freguesia, contou João Malha à Lusa.
"Estava uma fila enorme, estive ali cerca de meia hora à espera. Ainda por cima o sistema estava em baixo, o que fez com que apenas uma senhora fosse consultando, eleitor a eleitor, um caderno eleitoral", descreveu. João Malha viu ainda "várias pessoas desistirem de votar, porque não estiveram para esperar".
Na Escola Básica das Laranjeiras, igualmente em Lisboa, a situação repetiu-se.
Ana Aleixo descreveu à Lusa que depois de ter aguardado na fila da mesa de voto correspondente ao seu número de eleitor habitual, foi-lhe dito que o número não coincidia e que teria de aguardar numa nova fila para conhecer o novo número.
"Tal como aconteceu comigo, estava a acontecer a muita gente que tinha cartão de cidadão. Tinham de se dirigir a um posto de atendimento para conhecer o novo número", disse. Ana Aleixo já tinha votado nas eleições anteriores com o cartão de cidadão e não tinha tido este problema. "Está um alvoroço, uma grande confusão, as pessoas estão perdidas, principalmente as mais velhas, e ninguém ajuda a orientação", disse Ana Aleixo.
Já em Oeiras, disse à Lusa um membro de uma mesa de voto, também há filas. A situação agrava-se no concelho, porque os membros da mesa de voto dirigem os eleitores para o portal do cidadão ou a acederem ao serviço de SMS, sistemas que estão em baixa.
Na Junta de Freguesia de Benfica, Lisboa, os membros da mesa de voto adoptam o mesmo comportamento.
Luís Ferreira contou à Lusa que, por ter recorrido ao serviço de SMS 3838 e não ter obtido resposta, se dirigiu à Junta a fim de obter o novo número de eleitor e votar. "As filas eram enormes e no local não conseguem ajudar as pessoas, porque a maneira de obter os números é acedendo ao site", disse.
Já Ana Cunha recebeu por SMS o número de eleitor e freguesia onde deveria votar, já que mudou de residência há seis meses, mas quando chegou à Escola Secundária de Miraflores, em Algés, foi-lhe dito que não constava dos cadernos eleitorais. "Voltei a enviar mensagem e não recebi resposta. Tentei aceder ao portal e está sempre em baixo. As filas estão enormes", disse.
Na margem sul do Tejo, em Almada, houve eleitores a quem só mudaram de número de recenseamento e viram ainda a sua secção de voto alterada, sendo obrigados a dirigirem-se a outro local de voto, comprovou a Lusa no local.
Um eleitor, que nas autárquicas tinha votado com cartão de cidadão na Escola da Charneca da Caparica, foi informado, naquela escola, que além do novo número, tinha de se dirigir à Escola Básica Integrada da Caparica.
Em Setúbal, Viana do Castelo, Odivelas e Porto há também relatos dados à Lusa de situações semelhantes.
No Liceu Camões, em Lisboa, cerca de 50 pessoas aguardaram pelo menos meia hora, de cartão de cidadão em punho, para conhecer o novo número de eleitor, constatou a agência Lusa no local.
"Estava uma fila enorme, estive ali cerca de meia hora à espera. Ainda por cima o sistema estava em baixo, o que fez com que apenas uma senhora fosse consultando, eleitor a eleitor, um caderno eleitoral", descreveu. João Malha viu ainda "várias pessoas desistirem de votar, porque não estiveram para esperar".
Na Escola Básica das Laranjeiras, igualmente em Lisboa, a situação repetiu-se.
Ana Aleixo descreveu à Lusa que depois de ter aguardado na fila da mesa de voto correspondente ao seu número de eleitor habitual, foi-lhe dito que o número não coincidia e que teria de aguardar numa nova fila para conhecer o novo número.
"Tal como aconteceu comigo, estava a acontecer a muita gente que tinha cartão de cidadão. Tinham de se dirigir a um posto de atendimento para conhecer o novo número", disse. Ana Aleixo já tinha votado nas eleições anteriores com o cartão de cidadão e não tinha tido este problema. "Está um alvoroço, uma grande confusão, as pessoas estão perdidas, principalmente as mais velhas, e ninguém ajuda a orientação", disse Ana Aleixo.
Já em Oeiras, disse à Lusa um membro de uma mesa de voto, também há filas. A situação agrava-se no concelho, porque os membros da mesa de voto dirigem os eleitores para o portal do cidadão ou a acederem ao serviço de SMS, sistemas que estão em baixa.
Na Junta de Freguesia de Benfica, Lisboa, os membros da mesa de voto adoptam o mesmo comportamento.
Luís Ferreira contou à Lusa que, por ter recorrido ao serviço de SMS 3838 e não ter obtido resposta, se dirigiu à Junta a fim de obter o novo número de eleitor e votar. "As filas eram enormes e no local não conseguem ajudar as pessoas, porque a maneira de obter os números é acedendo ao site", disse.
Já Ana Cunha recebeu por SMS o número de eleitor e freguesia onde deveria votar, já que mudou de residência há seis meses, mas quando chegou à Escola Secundária de Miraflores, em Algés, foi-lhe dito que não constava dos cadernos eleitorais. "Voltei a enviar mensagem e não recebi resposta. Tentei aceder ao portal e está sempre em baixo. As filas estão enormes", disse.
Na margem sul do Tejo, em Almada, houve eleitores a quem só mudaram de número de recenseamento e viram ainda a sua secção de voto alterada, sendo obrigados a dirigirem-se a outro local de voto, comprovou a Lusa no local.
Um eleitor, que nas autárquicas tinha votado com cartão de cidadão na Escola da Charneca da Caparica, foi informado, naquela escola, que além do novo número, tinha de se dirigir à Escola Básica Integrada da Caparica.
Em Setúbal, Viana do Castelo, Odivelas e Porto há também relatos dados à Lusa de situações semelhantes.