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Preços na produção crescem 1% em Março nos EUA
O índice que mede a evolução dos preços na produção dos Estados Unidos (EUA) aumentou 1% em Março, registando a maior subida em 14 meses, impulsionado pelo segmento da energia, anunciou hoje o Governo norte-americano.
Em Fevereiro, este indicador havia registado um incremento de 0,2%. A subida verificada em Março suplantou as previsões dos analistas, que apontavam para uma leitura de 0,7%.
A «core rate» que exclui os produtos alimentares e energéticos, cresceu 0,1% em Março, face ao mês anterior, o que sugere que os preços estariam sob controle caso não se tivessem verificado os recentes aumentos dos preços dos combustíveis.
O preço do petróleo já valorizou mais de 30% desde o início deste ano, devido aos receios de interrupção das remessas provenientes do Médio Oriente, em função dos conflitos que alastram pela região.
O Banco Central Europeu (BCE) já admitiu que a inflação da Zona Euro não deverá abrandar tanto como o esperado, em resultado dos aumentos dos preços dos produtos energéticos.
Os analistas receiam que também nos Estados Unidos a inflação possa acelerar nos próximos meses, em função da evolução dos preços do petróleo, o que poderá levar a Reserva Federal (FED) a antecipar o início de um ciclo de subida dos juros.
No ano passado, a FED cortou a sua taxa directora até aos 1,75%, o valor mais baixo em quatro décadas, mas já deixou a entender que se prepara para inverter as suas decisões em termos de política monetária.
A FED passou a considerar recentemente que o abrandamento económico e a inflação representam perigos de grandeza equivalente para a economia norte-americana, ao passo que em 2001, os receios da instituição estavam virados unicamente para a perda de ritmo da economia.