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Preços da habitação sobem 13% e atingem máximo histórico
O índice de preços da habitação cresceu 13,2% em termos homólogos, no segundo trimestre, revelou o Instituto Nacional de Estatística (INE) - um máximo desde 2009, o início da série.
Os dados constam do índice de preços da habitação, divulgado esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Os preços das casas aumentaram 13,2% em abril, maio e junho, em termos homólogos, 0,3 pontos percentuais (p.p.) acima do valor verificado no trimestre anterior - um máximo histórico, desde pelo menos 2009.
Os preços desaceleraram quando comparados com o trimestre anterior, já que o índice avançou 3,1% (contra 3,8% no primeiro trimestre).
A taxa de variação média anual fixou-se em 12,3% nos segundos três meses deste ano, uma aceleração de 1,3 p.p. face ao trimestre anterior, também um novo máximo da série disponível.
O INE refere ainda que "entre abril e junho de 2022, a taxa de variação média anual dos preços das habitações existentes foi superior à observada nas habitações novas, 13% e 10,4%, respetivamente. Em ambos os casos, tratou-se da taxa mais elevada desde o início das séries".
Por outro lado, entre abril e junho deste ano transacionaram-se 43,607 mil habitações, pelo valor total de 8,3 mil milhões de euros, um crescimento de 4,5% face ao mesmo período de 2021. Por meses, abril (11,3%) e maio (12,7%) registaram aumentos homólogos no número de transações, sendo que, indica o INE, "em junho, pela primeira vez desde fevereiro de 2021, se registou um decréscimo do número de transações (7,6%) ".
No segundo trimestre de 2022, mais de três quartos das habitações compradas (87,6%) foram adquiridas por famílias, totalizando 7,2 mil milhões de euros. No trimestre em questão, os compradores estrangeiros foram responsáveis por 6,4% do número total de transações, correspondendo a 11,9% do valor total transacionado.