Notícia
Portugueses são os que mais defendem redução da despesa pública
A maioria dos inquiridos em Portugal defende um corte na despesa do Estado como forma de ajudar à resolução da crise, bem acima da média Europeia.
A maioria dos portugueses (70%) considera, em termos gerais, que o País deve baixar o nível de despesa pública. Portugal é mesmo o país, entre os 13 em análise, onde mais se defende esta medida. Em média, 45% dos europeus entrevistados aceita a ideia de que é preciso cortar na despesa do Estado para reduzir a dívida.
Mas quando confrontados com áreas de despesa concretas, os inquiridos deram respostas mais contidas, optando até por dizer que aumentavam verbas nalguns casos. Das quatro áreas apresentadas – defesa; infra-estruturas e transportes; programas do estado social e ciência, tecnologia e investigação – é na da Defesa e na das infra-estruturas e transportes que mais portugueses acham que se deve cortar.
Questionados sobre a forma como os governos dos respectivos países têm gerido a crise económica, 62% dos europeus deram nota negativa. Em Portugal essa percentagem atinge este ano os 70%. Em 2012, 65% dos portugueses desaprovavam o modo como o Governo de Passos Coelho estava a gerir a crise.
Estes resultados constam da 12ª sondagem anual de opinião pública “Transatlantic Trends 2013”, conduzida pelo German Marshall Fund of the United States e pela Compagnia di San Paolo, com o apoio da Fundação Luso-Americana, em Portugal, da BBVA, em Espanha, da Fundação Communitas, na Bulgária, do Ministério dos Negócios Estrangeiros sueco e do Barrow Cadbury Trust, no Reino Unido. As opiniões foram recolhidas entre 3 e 27 de Junho deste ano pela "TNS Opinion" nos Estados Unidos, Turquia e em 11 Estados membros da União Europeia: Alemanha, Eslováquia, Espanha, França, Itália, Países Baixos, Polónia, Portugal, Reino Unido, Roménia e Suécia.