Israel e o Hamas chegaram a acordo para um cessar fogo em Gaza, que envolve a troca de reféns israelitas por prisioneiros palestinianos, depois de 15 meses de uma guerra que desestabilizou o Médio Oriente.

Além disso, o acordo tem uma fase inicial de seis semanas que inclui a retirada gradual das tropas israelitas de Gaza.

O acordo segue-se a meses de negociações intermediadas pelo Egito e o Qatar, com o apoio dos EUA, surgindo a poucos dias da tomada de posse do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, na próxima segunda-feira.

O Hamas disse à Reuters ter dado aos mediadores a sua aprovação para o acordo de cessar-fogo e de troca de reféns, enquanto o ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Gideon Saar, disse que vai abreviar uma viagem à Europa para participar na votação do gabinete de segurança e do governo relativamente à proposta.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse esperar que o acordo seja definitivamente fechado esta quarta-feira, embora ainda haja pormenores por resolver.          

O entendimento foi confirmado pelo primeiro-ministro do Qatar, avançando que a trégua deverá entrar em vigor no domingo.

O anúncio de Mohammed bin Abdulrahman Al Thani ocorreu em Doha, capital do Qatar, país mediador e que tem acolhido as negociações minuciosas indiretas que decorrem há várias semanas.

O líder do Qatar referiu que o acordo alcançado abre o caminho para dezenas de reféns israelitas regressarem a casa, confirmando a libertação de 33 reféns israelitas durante a primeira fase da trégua na Faixa de Gaza, cenário de uma guerra entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas desde 7 de outubro de 2023.

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