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Portugal mantém 43º lugar no Índice de Desenvolvimento Humano  

Portugal mantém a posição 43 no Índice de Desenvolvimento Humano de 2015, num total de 187 países, que consta do Relatório do Desenvolvimento Humano da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado esta segunda-feira.

Bloomberg
14 de Dezembro de 2015 às 09:11
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O índice é calculado com base em três dimensões do desenvolvimento humano: uma vida longa e saudável, acesso ao conhecimento e um padrão de vida decente. Para isso, são tidos em conta factores como a esperança média de vida, os anos de escolaridade de cada cidadão e o Produto Interno Bruto (PIB) per capita.

 

Portugal continua no grupo dos países com desenvolvimento humano muito alto e tem uma pontuação de 0.830. Em 2014, a esperança média de vida no país era de 80.09 anos, a média de anos de escolaridade de 8.2, os anos de escolaridade esperados 16.3 e o rendimento bruto per capita de  25.757 dólares.

 

Apesar de manter a posição, os dados revelam um desaceleramento no crescimento. Nos anos 90, o índice crescia a 0.97 por cento ano, na década seguinte a 0.47 e, desde 2010, abrandou para 0.33. Em 2009, o país estava no 34.º lugar.

 

São poucos os países europeus com pontuações inferiores a Portugal e, entre os intervencionados pelo FMI, é o que se qualifica pior (a Irlanda está em 6º, empatada com a Alemanha e ultrapassando os EUA, Espanha em 26.º e a Grécia em 29.º).

 

O país tem, no entanto, bons resultados em alguns dos indicadores, como em termos de igualdade de género, em que está em 20.º lugar.

 

A Noruega lidera o ranking, seguida da Austrália, Suíça, Holanda, Alemanha, Irlanda e Estados Unidos.

 

Os últimos lugares são ocupados pelo Burundi, Chade, Eritreia e República Centro-Africana.

 

O índice faz parte do relatório anual do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), divulgado hoje em Adis Abeba, na Etiópia.

 

O relatório, com o título "Trabalho para o Desenvolvimento Humano", analisa as ligações, positivas e negativas, entre o trabalho e desenvolvimento humano num mundo em rápida transformação, motivada pela globalização, revolução tecnológica, transições demográficas e muitos outros factores.

 

Os autores garantem que estas mudanças criam oportunidades, mas também riscos, e defendem uma noção mais ampla de trabalho, que inclui trabalho não remunerado, e uma série de recomendações políticas alinhados com os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável, aprovados em Setembro pela ONU. 

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