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Portugal com segunda taxa de natalidade mais baixa da UE
Segundo o Eurostat, em 2015 a taxa de natalidade em Portugal foi a segunda menor em toda a UE. Entre 1 de Janeiro de 2015 e o mesmo dia de 2016, a população portuguesa diminuiu 3,2%.
Os dados revelados esta sexta-feira, 8 de Julho, pelo Eurostat não são nada animadores no que à evolução da natalidade em Portugal diz respeito. O relatório do gabinete de estatísticas da União Europeia (UE) mostra que a taxa de natalidade em Portugal no ano passado foi de 8,3% (por cada 1.000 residentes), a segunda mais baixa em toda a UE.
Já a taxa de mortalidade por cada 1.000 habitantes em Portugal no ano passado foi de 10,5%, fazendo com que a taxa de substituição de gerações se tenha situado em -2,2%. Também em termos de população absoluta Portugal viu decrescer o número de residentes.
A 1 de Janeiro de 2016 a população portuguesa era de 10,341 milhões pessoas, número que compara com 10,374 milhões de residentes no dia 1 de Janeiro de 2015, o que consubstancia uma redução populacional de 3,2% (taxa bruta da mudança populacional entre 2015 e 2016 expressa por cada 1.000 residentes). A população residente em Portugal representa 2,0% do total de habitantes da UE.
Já a população da UE aumentou 3,5% entre 1 de Janeiro de 2015 e o mesmo dia deste ano, para um total de 510,056 milhões de pessoas. Os países com maior número de habitantes continuam a ser a Alemanha (82,2 milhões), a França (66,7 milhões), o Reino Unido (65,3 milhões) e a Itália (60,7 milhões).
O Eurostat revela que ao longo de 2015 nasceram na UE perto de 5,1 milhões pessoas e morreram mais de 5,2 milhões, o que significa que, pela primeira vez, se verificou uma taxa de substituição negativa. Pelo que o aumento populacional verificado entre 2014 e 2015 na União se deveu essencialmente à imigração líquida positiva para o espaço comunitário.
A menor taxa de natalidade em 2015 foi registada pela Itália (8,0%), enquanto na Grécia se verificou uma taxa de natalidade de 8,5%. Já o conjunto dos Estados-membros da UE registou uma taxa de natalidade de 10,0%. As taxas mais elevadas verificaram-se na Irlanda (14,2%), França (12,0%), Reino Unido (11,9%) e a Suécia (11,7%).
O país que obteve a maior diferença positiva entre nascimentos e mortes foi a Irlanda com uma taxa de substituição natural de gerações de 7,7%, seguida pelo Chipre (+3,9%), Luxemburgo (+3,7%) e pela França (+3,0%). Pelo contrário, entre os 13 países que registaram uma taxa de substituição negativa, o Estado em que as mortes superaram com maior magnitude os nascimentos foram a Bulgária (-6,2%), a Croácia e a Hungria (-4,0%) e a Roménia (-3,8%).