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Portugal continua a perder população mas a um ritmo menor

O saldo natural encolheu ainda mais em 2018 do que em 2017. Mas o saldo migratório ajudou a contrariar a tendência negativa.

Bruno Simão/Negócios
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No ano passado, Portugal perdeu 14.410 residentes. O país continua a encolher, mas a um ritmo menor do que o que se tinha verificado em 2017. Os dados foram publicados estar sexta-feira, 14 de junho, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Segundo o INE, havia no ano passado 10.276.617 pessoas a residir no país. A diminuição da população está a ser ditada por um saldo natural cada vez mais negativo. Ou seja, sem contar com os fluxos migratórios os residentes no país estão a encolher a um ritmo maior: no ano passado este saldo agravou-se para uma perda de quase 26 mil pessoas, enquanto em 2017 se tinha registado uma contração de 23,4 mil pessoas.

Foi o saldo migratório que contribuiu para atenuar esta tendência, tendo registado uma melhoria de 4.886 pessoas em 2017, para 11.570 pessoas em 2018.

Menos 16.330 crianças, mais 30.951 idosos

Além de estar a encolher, a população residente em Portugal está mais envelhecida. Face a 2017, vivem em solo português menos 16.330 crianças com menos de 15 anos, e mais 30.951 idosos, com mais de 65 anos.

Este ano, a população jovem poderá ficar já abaixo de 1,4 milhões de pessoas. Os mais velhos, as pessoas com mais de 85 anos, aumentaram para 310.274 pessoas, são mais 12.736 do que em 2017.

O INE dá ainda conta de que no ano passado, metade dos residentes tinha mais de 45,2 anos, o que representa um envelhecimento de 4,4 anos da idade mediana, em apenas uma década.

As projeções para a evolução da população continuam muito negativas: mantendo-se a atual tendência, em 2080 Portugal será um país reduzido a 7,9 milhões de residentes, ficando abaixo dos dez milhões já em 2033.


(Notícia atualizada às 11h34)

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