Notícia
Pedro Nuno admite recorrer a lucros da banca para pagar crédito à habitação "se houver uma proposta boa"
O secretário-geral do PS admite recurso aos lucros da banca para pagar crédito no caso de haver "uma boa proposta" da oposição, mas reconhece que pode ser uma "solução muito temporária". Sobre os Açores, respeita autonomia regional, mas considera a situção "caricata".
O secretário-geral do PS admite recorrer aos lucros da banca para pagar parte dos encargos do crédito à habitação se "houver uma boa proposta" dos partidos da oposição. Ainda assim, Pedro Nuno Santos relembra que não foi apresentada nenhuma proposta pormenorizada e que com o abrandamento da subida dos juros e consequente diminuição das margens financeiras dos bancos, esta seja uma "solução muito temporária".
"Se houver uma proposta boa, nós temos que olhar para ela. Os bancos, nos últimos anos, tiveram margens financeiras muito significativas. Com taxas de juros aos depósitos muito baixas e taxas de juros ao crédito muito altas", afirmou o líder dos socialistas quando questionado, em entrevista à CMTV, sobre a possibilidade de recorrer aos lucros da banca para diminuir os encargos dos créditos à habitação.
Pedro Nuno Santos explicou que vai esperar pelos debates para poder perceber "mais facilmente aquilo que é proposto" e garantiu que no programa eleitoral constarão novas medidas para combater a crise na habitação que "tenham como preocupação os juros que são pagos pelas famílias e o impacto que isso tem na estabilidade das nossas famílias".
"Eu acabei de falar de um travão ao crescimento das rendas e, quando apresentarmos o programa eleitoral, apresentaremos mais algumas", garantiu. A apresentação do programa está agendada para o próximo domingo, dia 11 de fevereiro.
O secretário-geral do PS diz também não ter "interesse nenhum" em baixar o IVA de 6% para a "construção de apartamentos de dois milhões de euros". Por outro lado, defende "6% de IVA para a construção para arrendamento acessível, para a classe média".
O secretário-geral do PS lembrou que "40% das empresas não pagam IRC" e que "44% da receita de IRC é paga por 0,2% das empresas, grande parte é paga pelos bancos, pelas seguradoras, pela grande distribuição, pelo setor imobiliário".
"As empresas que investirem os seus lucros na sua capitalização, as empresas que investirem os seus lucros na inovação, vão poder reduzir mais o IRC do que as outras, e esta é a forma inteligente de nós usarmos a política fiscal para promover o desenvolvimento económico", defendeu.
Tal como já fez no debates com o presidente da IL, Rui Rocha, o secretário-geral do PS voltou a insistir que o seu partido não exclui a possibilidade de maior complementaridade com o privado na saúde, mas garante que a sua opção será o investimento no SNS.
"A nossa opção, a nossa prioridade é investir no Serviço Nacional de Saúde, não é retirar dinheiro ao Serviço Nacional de Saúde, que já tem dificuldades, para financiar o negócio privado da saúde. (...) Quando eu ouço alguns políticos dizer que vão mais ao privado, isso significa uma de duas coisas: ou vão gastar mais dinheiro do que já se gasta hoje ao SNS, ou vão retirar ao SNS dinheiro para financiar o negócio privado da saúde", argumentou o líder socialista.
Açores: respeito pela autonomia regional, mas situação é "caricata"
Em relação à situação pós-eleitoral nos Açores, Pedro Nuno Santos insiste no respeito pela autonomia regional do partido no momento de decidir viabilizar ou não um Executivo minoritário encabeçado pela coligação de direita, mas reconhece que, depois do que aconteceu nas penúlitmas eleições, a situação é "caricata".
"Não sei se toda a gente tem a memória, nomeadamente, quem não for dos Açores. Em 2020, quem ganhou as eleições foi o PS. O PSD decidiu juntar-se ao Chega para viabilizar um Governo. E por isso tínhamos aqui uma situação caricata, que é quando o PSD perde junta-se ao Chega, quando o PSD ganha, exige que o PS suporte o governo. E por isso também temos que ter alguma coerência política", afirmou.
"Se houver uma proposta boa, nós temos que olhar para ela. Os bancos, nos últimos anos, tiveram margens financeiras muito significativas. Com taxas de juros aos depósitos muito baixas e taxas de juros ao crédito muito altas", afirmou o líder dos socialistas quando questionado, em entrevista à CMTV, sobre a possibilidade de recorrer aos lucros da banca para diminuir os encargos dos créditos à habitação.
"Eu acabei de falar de um travão ao crescimento das rendas e, quando apresentarmos o programa eleitoral, apresentaremos mais algumas", garantiu. A apresentação do programa está agendada para o próximo domingo, dia 11 de fevereiro.
O secretário-geral do PS diz também não ter "interesse nenhum" em baixar o IVA de 6% para a "construção de apartamentos de dois milhões de euros". Por outro lado, defende "6% de IVA para a construção para arrendamento acessível, para a classe média".
IRC é "falsa questão"
Questionado sobre os motivos para não defender uma descida da taxa de IRC, Pedro Nuno Santos defendeu que não o faz por ser "na realidade uma falsa questão", uma vez que temos no país "um sistema de dedução para quem invista os lucros na inovação ou na investigação, ou invista os lucros na capitalização".O secretário-geral do PS lembrou que "40% das empresas não pagam IRC" e que "44% da receita de IRC é paga por 0,2% das empresas, grande parte é paga pelos bancos, pelas seguradoras, pela grande distribuição, pelo setor imobiliário".
"As empresas que investirem os seus lucros na sua capitalização, as empresas que investirem os seus lucros na inovação, vão poder reduzir mais o IRC do que as outras, e esta é a forma inteligente de nós usarmos a política fiscal para promover o desenvolvimento económico", defendeu.
Tal como já fez no debates com o presidente da IL, Rui Rocha, o secretário-geral do PS voltou a insistir que o seu partido não exclui a possibilidade de maior complementaridade com o privado na saúde, mas garante que a sua opção será o investimento no SNS.
"A nossa opção, a nossa prioridade é investir no Serviço Nacional de Saúde, não é retirar dinheiro ao Serviço Nacional de Saúde, que já tem dificuldades, para financiar o negócio privado da saúde. (...) Quando eu ouço alguns políticos dizer que vão mais ao privado, isso significa uma de duas coisas: ou vão gastar mais dinheiro do que já se gasta hoje ao SNS, ou vão retirar ao SNS dinheiro para financiar o negócio privado da saúde", argumentou o líder socialista.
Açores: respeito pela autonomia regional, mas situação é "caricata"
Em relação à situação pós-eleitoral nos Açores, Pedro Nuno Santos insiste no respeito pela autonomia regional do partido no momento de decidir viabilizar ou não um Executivo minoritário encabeçado pela coligação de direita, mas reconhece que, depois do que aconteceu nas penúlitmas eleições, a situação é "caricata".
"Não sei se toda a gente tem a memória, nomeadamente, quem não for dos Açores. Em 2020, quem ganhou as eleições foi o PS. O PSD decidiu juntar-se ao Chega para viabilizar um Governo. E por isso tínhamos aqui uma situação caricata, que é quando o PSD perde junta-se ao Chega, quando o PSD ganha, exige que o PS suporte o governo. E por isso também temos que ter alguma coerência política", afirmou.