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Passos: investimento voltou porque Governo lançou "sementes" em vez de andar de "faxina"
O primeiro-ministro deu o pontapé de saída às jornadas conjuntas de investimento com o CDS sublinhando o trabalho feito pelo Governo. O investimento regressou e não foi preciso fazê-lo à custa do endividamento do Estado e das empresas, sublinhou.
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"A razão por que hoje podemos focar a nossa atenção no futuro, e por que o momento do investimento chegou, é porque não andamos de faxina a fazer o que era necessário e emergente, mas porque estivemos a lançar as sementes estruturais para o futuro", afirmou Passos Coelho, ao início da noite, no lançamento das jornadas do investimento, organizadas em conjunto entre PSD e CDS.
O primeiro-ministro lembrou que em 2014 "assistimos a uma recuperação do investimento como já não víamos há muitos anos em Portugal", mas, mais importante que isso, sublinhou, é a forma como se processou. "Pela primeira vez em décadas, o investimento ocorreu em Portugal sem que isso significasse um ónus, um encargo sobre gerações futuras", destacou. "Para termos a economia a crescer não criámos mais dívida nem responsabilidade para os portugueses"; na verdade, foi "no essencial investimento privado".
E o investimento até é superior ao consumo de bens duradouros, "o que é muito importante". "O investimento ocupa já lugar um mais destacado que o consumo de bens duradouros. O que estamos a investir para futuro, para a geração de riqueza no futuro, tem mais significado do que o que estamos a gastar nos bens duradouros".
Além disso, "o investimento aconteceu sem que isso tivesse correspondido a endividamento das empresas", porque os privados "não o fizeram aumentando o seu próprio desequilíbrio". Há ainda que considerar a "descida dos custos de financiamento para as empresas", em especial as PME.
Modelo de crescimento deixou de ser enganador e passou a ser sustentável
Tudo somado, "conseguimos dar boa conta do recado daquilo que era exigível ao Governo concretizar". "Não só temos o crescimento da economia fundeado na retoma do investimento, como, estruturalmente, a forma como a economia está a crescer e comportar-se é completamente diferente do passado", resumiu o primeiro-ministro. "Por isso é que temos um modelo de crescimento sustentável e não um modelo enganador, que no fundo a única coisa que faz é ganhar tempo até que chegue a factura para pagar", acrescentou.
Não faltou, claro, a crítica ao PS e ao último Governo. "Essa diferença é essencial e mostra quem sabe criar um novo modelo de desenvolvimento para o país, distinguindo daqueles que só defendem o regresso de velhos modelos que fizeram crescer o desemprego estrutural, a divergência económica face à média europeia, o atraso e o proteccionismo da nossa economia". Esse "não é um modelo de desenvolvimento saudável", mas o "país esteve condenado" a ele até à chegada do actual Executivo, garantiu.