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Passos Coelho: "O programa de assistência estava bem desenhado mas mal calibrado"
A seis meses do fim do Programa de ajustamento Pedro Pedro Passos Coelho admite que nem tudo correu bem. O problema foram as "estimativas desfasadas da realidade" que foram apresentadas pelo anterior Governo, sublinha, que obrigaram a medidas de austeridade mais agressivas.
"O programa de ajustamento estava bem desenhado mas mal calibrado em alguns domínios". É assim que Pedro Passos Coelho, em entrevista ao Negócios, justifica o facto do País ter tido metas "mais exigentes que aIrlanda".
Por isso, o Governo ficou com pouco espaço de manobra para fazer correcções de "grande amplitude", diz.
O primeiro-ministro explica que quando falou em ser mais "ambicioso" que a Troika estava a referir-se "ao objectivo estrutural e não ao orçamental".
Num balanço dos três anos de programa de ajustamento destaca de forma positiva o aumento das exportações, que entre 2010 e 2013 cresceram cerca de 24%, acima de países como a Espanha, Irlanda, França e Alemanha.