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Passos Coelho avisa que eventual mutualização da dívida a nível europeu limitará escolhas nacionais
Primeiro-ministro admite que venha a tomar forma no futuro algum mecanismo de mutualização da dívida na Europa, mas alerta para as consequências.
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, admitiu esta manhã que alguma modalidade de mutualização da dívida venha no futuro acontecer a nível europeu, alertando, porém, para os problemas que isso trará em termos de autonomia do País.
“É de admitir que alguma modalidade de mutualização da dívida ao nível europeu possa tomar forma no futuro”, disse esta terça-feira de manhã o chefe do Executivo, durante a sessão de abertura do 5º congresso Nacional da Ordem dos Economistas, a decorrer no Centro Cultural de Belém.
Embora seja um cenário provável, Passos Coelho lembrou que este passo não virá sem disciplina e controlo acrescidos. “Haverá uma automática centralização do poder político e decisório nas instituições europeias em detrimento dos órgãos representativos nacionais”. “Não gozaremos certamente de mais autonomia para efectuar as nossas próprias escolhas nacionais”, rematou o primeiro-ministro.
Passos Coelho acrescentou ainda que "este é o momento da verdade" e que a “inconsequência é um mau serviço que prestamos ao País e à própria democracia”, lembrando que há compromissos de rigor orçamental que foram assumidos no quadro da pertença ao euro pelos partidos da maioria (PSD e CDS-PP) mas também pelo maior partido da oposição, o PS.