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Parlamento aprovou proibição de apoios a empresas com sede em offshores
O PS juntou-se à esquerda e aprovou uma alteração ao orçamento suplementar que impede as empresas com sede em paraísos fiscais de acederem a apoios do Estado no âmbito da covid-19. À direita, PSD e CDS optaram pela abstenção.
O Parlamento aprovou esta quarta-feira propostas do Bloco de Esquerda, PEV e da deputada não inscrita Joacine Katar Moreira no sentido de excluir as empresas sediadas em paraísos fiscais dos apoios no âmbito da pandemia de COVID-19.
As iniciativas tiveram o apoio do PS, PCP, Bloco de Esquerda, Chega e PAN. O PSD e o CDS optaram pela abstenção e apenas a Iniciativa Liberal votou contra.
Basicamente, as empresas com sede fiscal em países, territórios e regiões com regimes de tributação privilegiada, claramente mais favoráveis são excluídas dos apoios criados no âmbito das medidas excecionais e temporárias de resposta à pandemia.
Assim, as entidades com sede ou direção efetiva em países, territórios ou regiões com regime fiscal claramente mais favorável não poderão ter acesso a apióis, desde que as mesmas constem da lista elaborada pelo Fisco português. O mesmo se passa com as sociedades que sejam dominadas por estruturas fiduciárias que se encontrem nas mesmas condições.
O Bloco pretendia ir mais longe e que também empresas com ligações a offshore ficassem excluídas, bastando, por exemplo, que detivessem participações, direta ou indiretamente, numa entidade com sede em paraísos fiscais. Essa proposta não teve apoio do PS e foi chumbada.