Notícia
Ómicron abranda recuperação económica na zona euro em janeiro. Alemanha recupera
A variante ómicron fez abrandar a recuperação económica na zona euro em janeiro, de acordo com os dados dos índices dos gestores de compras, revelados esta segunda-feira.
A variante ómicron pesou no índice PMI de janeiro na zona euro em janeiro, revelam os indicadores divulgados esta segunda-feira. De acordo com estes dados, o índice de gestores de compras (PMI) recuou para 52,4 pontos em janeiro, contra os 53,3 pontos de dezembro. O número é o nível mais baixo desde fevereiro e fica também aquém das estimativas dos economistas. De acordo com a sondagem da Reuters, era apontado um valor de 52,6 pontos.
A pesar nestes dados de janeiro esteve sobretudo a variante ómicron, que trouxe mais restrições a vários Estados-membros, com o objetivo de conter o aumento de contágios. O número foi afetado pelo PMI dos serviços, que caiu para o valor mais baixo em nove meses, passando dos 53,1 em dezembro para 51,2 em janeiro.
"A onda de ómicron levou a mais uma descida acentuada nos gastos em muitos serviços ligados a consumo no início do ano, com o turismo, viagens e setor do lazer a sofrer um golpe duro", indica Chris Williamson, economist-chefe na consultora IHS Markit, que divulgou os dados desta manhã.
Também esta manhã foram conhecidos os índices PMI da Alemanha e também de França. Na Alemanha, a maior economia da zona euro demonstrou alguma "resiliência" no arranque do ano, indica a IHS Markit. O índice compósito da Alemanha subiu para 54,3, um máximo de quatro mês, contra os 49,9 pontos de dezembro, quando a economia alemã atingiu um mínimo de ano e meio. Também a atividade dos serviços aumentou em janeiro, passando para 52,2, um máximo de dois meses. Já a atividade industrial subiu para 58,4, contra os 52,1 de dezembro.
"Os números do flash PMI de janeiro ficaram confortavelmente acima do consenso para mostrar um surpreendente desempenho resiliente da economia alemã no início de janeiro, em especial pelo crescimento robusto do ‘output’ das fábricas", nota Phil Smith, da IHS Markit, nesta nota sobre a economia alemã. "Os números dos serviços mostram uma ligeira recuperação da atividade apesar da queda registada no ano passado, outra boa surpresa, e estamos a perceber que talvez os negócios e os consumidores alemães estão a aprender a lidar com a covid e outras restrições associadas."
Se a Alemanha surpreendeu, em França registou-se um novo abrandamento na atividade económica no início do ano. O índice PMI compósito recuou para 52,7 pontos em janeiro, um mínimo de nove meses. A atividade dos serviços passou dos 57 em dezembro para 53,1, também o valor mais baixo em nove meses. Neste caso, a IHS Markit nota que os números "não surpreendem tendo em conta os números diários de casos de covid-19 em França".
"Enquanto o começo de um novo ano marca um virar de página para muitos, parece que a economia francesa está ainda a enfrentar uma ressaca dos desafios que vimos em grandes partes de 2021", é referido no comentário.
Atividade dos serviços cai no Japão
Num dia recheado de dados sobre os índices PMI, ainda durante a madrugada foram conhecidos os dados sobre o Japão. O índice caiu dos 52,5 em dezembro para os 48,8 em janeiro, com um acentuado recuo da atividade dos serviços.
Em janeiro, o índice que mede a atividade nos serviços no Japão baixou de 52,1 em dezembro para 46,6. No comentário sobre os dados Usamah Bhatti, economista da IHS Markit indica que a atividade no Japão "resvalou para território de contração pela primeira vez em quatro meses". "O ritmo do declínio foi modesto liderado pela maior queda dos serviços desde agosto", é referido.
A pesar nestes dados de janeiro esteve sobretudo a variante ómicron, que trouxe mais restrições a vários Estados-membros, com o objetivo de conter o aumento de contágios. O número foi afetado pelo PMI dos serviços, que caiu para o valor mais baixo em nove meses, passando dos 53,1 em dezembro para 51,2 em janeiro.
Também esta manhã foram conhecidos os índices PMI da Alemanha e também de França. Na Alemanha, a maior economia da zona euro demonstrou alguma "resiliência" no arranque do ano, indica a IHS Markit. O índice compósito da Alemanha subiu para 54,3, um máximo de quatro mês, contra os 49,9 pontos de dezembro, quando a economia alemã atingiu um mínimo de ano e meio. Também a atividade dos serviços aumentou em janeiro, passando para 52,2, um máximo de dois meses. Já a atividade industrial subiu para 58,4, contra os 52,1 de dezembro.
"Os números do flash PMI de janeiro ficaram confortavelmente acima do consenso para mostrar um surpreendente desempenho resiliente da economia alemã no início de janeiro, em especial pelo crescimento robusto do ‘output’ das fábricas", nota Phil Smith, da IHS Markit, nesta nota sobre a economia alemã. "Os números dos serviços mostram uma ligeira recuperação da atividade apesar da queda registada no ano passado, outra boa surpresa, e estamos a perceber que talvez os negócios e os consumidores alemães estão a aprender a lidar com a covid e outras restrições associadas."
Se a Alemanha surpreendeu, em França registou-se um novo abrandamento na atividade económica no início do ano. O índice PMI compósito recuou para 52,7 pontos em janeiro, um mínimo de nove meses. A atividade dos serviços passou dos 57 em dezembro para 53,1, também o valor mais baixo em nove meses. Neste caso, a IHS Markit nota que os números "não surpreendem tendo em conta os números diários de casos de covid-19 em França".
"Enquanto o começo de um novo ano marca um virar de página para muitos, parece que a economia francesa está ainda a enfrentar uma ressaca dos desafios que vimos em grandes partes de 2021", é referido no comentário.
Atividade dos serviços cai no Japão
Num dia recheado de dados sobre os índices PMI, ainda durante a madrugada foram conhecidos os dados sobre o Japão. O índice caiu dos 52,5 em dezembro para os 48,8 em janeiro, com um acentuado recuo da atividade dos serviços.
Em janeiro, o índice que mede a atividade nos serviços no Japão baixou de 52,1 em dezembro para 46,6. No comentário sobre os dados Usamah Bhatti, economista da IHS Markit indica que a atividade no Japão "resvalou para território de contração pela primeira vez em quatro meses". "O ritmo do declínio foi modesto liderado pela maior queda dos serviços desde agosto", é referido.