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Variante ómicron tira força ao crescimento económico da zona euro em janeiro

O crescimento económico na zona euro abrandou em janeiro, muito devido às restrições para conter a variante ómicron. Os dados finais sobre o PMI na zona euro revelam um valor de 52,3, ligeiramente abaixo da estimativa divulgada no final de janeiro.

Reuters
03 de Fevereiro de 2022 às 10:00
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A variante ómicron pesou no índice PMI de janeiro na zona euro, revelam os números finais da consultora IHS Markit, divulgados esta quinta-feira. A 24 de janeiro, tinha sido partilhado um ‘flash’ que apontava para 52,4 pontos, mas o valor final está ligeiramente abaixo, nos 52,4. Em dezembro, o PMI compósito da zona euro, o índice de gestores de compras, ficou nos 53,3.

"Em geral, os últimos dados apontam para a subida mais fraca da atividade económica desde que o principal indicador regressou ao crescimento, em março passado", indica a nota da IHS Markit.

Os dados revelam que o maior abrandamento no crescimento económico foi sentido na área dos serviços, onde foi sentida uma queda para 51,1 face aos 53,1 de dezembro.

"A economia da zona euro abrandou mais em janeiro após ser visto um crescimento fraco no último trimestre de 2021", comenta Chris Williamson, o economista-chefe da IHS Markit. "Os negócios estão a reportar uma procura modesta e também constrangimentos que continuam a existir em termos de falta de trabalhadores e de questões de matérias-primas, questões que resultaram da pandemia."

E, de acordo com este responsável, o abrandamento da economia é coincidente também com "as medidas de combate ao vírus, que têm estado no nível mais rígido desde maio passado na zona euro, tendo em conta o aumento de casos da covid-19 ligados à variante ómicron".

Esta análise, a consultora refere que Espanha foi o país mais afetado, "regressando a uma contração", enquanto em Itália a atividade estagnou - em ambos os casos devido à quebra nos serviços. Já França registou a expansão mais fraca desde abril.

O tema da inflação não é esquecido pela consultora, que coloca o assunto entre "as preocupações principais". "Uma preocupação-chave são as pressões inflacionistas que continuam a criar-se, com a escalada dos preços da energia que provavelmente irá criar pressões aos preços nos próximos meses", nota Chris Williamson. "Os agregados familiares já estão a ser pressionados e as empresas enfrentam aumentos de custos. As tensões na Ucrânia também representam um risco para este ‘outloook’, com um escalar da situação que irá provavelmente esmorecer a confiança das empresas".
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