O comité executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou esta sexta-feira, 19 de Fevereiro, a escolha de Christine Lagarde para um segundo mandato de cinco anos enquanto directora-geral do Fundo.

Em comunicado, o FMI refere que a decisão foi tomada por consenso e depois de "várias discussões" em que a própria Lagarde participou. "Ao tomar esta decisão, a administração louvou a liderança forte e ajuizada da Sr.ª Lagarde durante o seu primeiro mandato", refere Aleksei Mozhin, director executivo do organismo, no documento.

Mohzin refere ainda o papel de Lagarde no reforço da capacidade do Fundo em apoiar os seus membros e na revitalização das relações com os mercados emergentes.

"Estou encantada por me ter sido dada a oportunidade para liderar o FMI como directora-geral por um segundo mandato de cindo anos e agradeço a confiança e o apoio do comité executivo do FMI e dos nossos 188 países membros", afirma Lagarde num outro comunicado.

 
A reeleita directora-geral defende que no seu primeiro mandato a organização melhorou a sua capacidade de resposta aos países-membros e destacou as "transições importantes" que a economia mundial atravessa. (...) Espero continuar a servir os nossos parceiros e levar a cabo esta missão crítica no próximo mandato", afirmou.

Lagarde era a única candidata ao cargo. Até 10 de Fevereiro, data limite para a submissão de nomeações à direcção geral do FMI, apenas o seu nome tinha sido apresentado, referia na altura um comunicado do FMI.

No processo de selecção do novo director-geral do FMI, divulgado a 20 de Janeiro, referia-se que os candidatos são apontados pelos directores executivos e por membros do conselho dos governadores. 

O eleito para o cargo poderia ser escolhido por maioria de votos, mas o objectivo era que houvesse uma decisão consensual dos 24 membros que compõe o conselho executivo, o que acabou por acontecer.

Christine Lagarde termina oficialmente o seu primeiro mandato como directora-geral do FMI no próximo dia 5 de Julho.

(notícia actualizada às 16:17 com declarações de Christine Lagarde)