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Nos Jerónimos, voltou a ouvir-se “Soares é fixe”

Passava pouco da uma da tarde quando o cortejo fúnebre do ex-Presidente da República chegou a Belém. Foi recebido com um forte aplauso pelos populares que ao longo da tarde têm esperado numa longa fila para prestar uma última homenagem.

Bruno Simão/Negócios
09 de Janeiro de 2017 às 15:44
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O slogan que marcou a campanha presidencial de Mário Soares em 1986 voltou a ouvir-se esta segunda-feira, 9 de Janeiro, em frente ao Mosteiro dos Jerónimos onde o corpo do ex-Presidente da República se encontra em câmara ardente até amanhã, 10 de Janeiro, dia em que se realizará o funeral. Centenas de pessoas aguardavam e foi no meio de um forte aplauso que a urna foi retirada do armão puxado a cavalos e entrou no Mosteiro, ao som da Marcha Fúnebre tocada pela banda da GNR.

 

No final, uma voz no meio da multidão gritou "Soares é Fixe" e várias outras se lhe juntaram numa homenagem ao antigo Presidente. Do lado de lá das baias colocadas pela polícia para impedir a passagem agitavam-se algumas bandeiras e viam-se alguns cravos vermelhos no ar.

 

À entrada do Mosteiro, Marcelo Rebelo de Sousa – à chegada de quem, poucos minutos antes, se ouvira o Hino Nacional –, Ferro Rodrigues e Maria Manuel Leitão Marques aguardavam também a chegada do cortejo, cumprimentando a família do ex-Presidente.

 

Marcelo Rebelo de Sousa saiu cerca de meia hora depois e ao início da tarde as portas abriram-se a quem queira prestar uma última homenagem ao antigo Presidente. Antes é preciso percorrer uma fila, passar por um detector de metais e deixar à entrada as flores que são depois colocadas numa outra sala preparada para o efeito.

 

Entretanto, várias figuras públicas visitaram já o Mosteiro, conduzidas pelo pessoal de apoio do Ministério dos Negócios Estrangeiros, encarregue do protocolo. No que respeita à comunicação social, à Sala dos Azulejos, onde decorre o velório, apenas têm acesso as câmaras da RTP e alguns fotógrafos da agência Lusa.

Logo pelas dez da manhã o cortejo fúnebre passou pelo Campo Grande, junto à casa onde Soares viveu e atravessou a cidade até à Praça do Município, onde a urna foi trasladada do carro funerário onde seguia para um armão da GNR puxado por quatro cavalos brancos e enfeitado com rosas amarelas.

 

Já aí um grupo de pessoas esperava, juntamente com o Presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, os vereadores, deputados municipais e presidentes de junta da cidade. Ladeado por 84 cavalos da GNR, o armão seguiu depois para a Ribeira das Naus e para Belém.

 

O funeral está marcado para terça-feira, 10 de Janeiro, pelas 15:30 no cemitério dos Prazeres, em Lisboa. Até às 11 da manhã será ainda possível prestar homenagem a Soares nos Jerónimos. 

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