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Noruega compra dívida grega

O Ministério das Finanças norueguês não acredita no incumprimento da Grécia e investe em dívida de países periféricos como Espanha, Itália ou Portugal.

09 de Setembro de 2010 às 10:01
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Segudo a Bloomberg, o Ministro das Finanças Sigbjörn Johnsen apoia a estratégia de compra de dívida grega, num país com o segundo maior fundo de riqueza soberana do mundo, com um fundo de pensões acumulado em 353,9 mil milhões de euros.

Este fundo, que inclui a riqueza norueguesa proveniente do petróleo e do gás natural, é utilizado primordialmente na compra de obrigações tendo em conta a proporção da sua importância nos índices mundiais. Através de uma estratégia de gestão activa, o fundo conseguiu valorizar 0,3% ao ano, em média, desde 1998, segundo a Bloomberg.

Foi a partir do montante do fundo de pensões que o país nórdico calculou o valor a adquirir de dívida externa de países periféricos, maioritariamente grega, com a sua estratégia a levar a uma desvalorização de 3,4% no segundo trimestre, ao passo que as obrigações asiáticas e americanas registaram ganhos.

A dívida grega, segundo a maioria dos analistas, é alvo de “um consenso generalizado em como sofrerá numa determinada altura uma reestruturação ou se verificará um incumprimento”, segundo Harvinder Sian, estratega de investimentos de renda fixa no Royal Bank of Scotland, citado pela Bloomberg. Segundo outros analistas, o risco de contágio é muito grande, aumentando ainda mais os riscos desta operação.

A “yield” que os investidores exigem para deter dívida externa grega, espanhola e irlandesa é ainda maior do que quando a União Europeia anunciou o seu fundo de estabilização do euro há quatro meses, no valor de 700 milhões de euros, em detrimento de obrigações alemãs. As obrigações espanholas pagam um juro 1,8% superior às obrigações alemãs, ao passo que a Irlanda paga um prémio de 3,8% face ao Estado alemão.

A Comissão Europeia prevê que a dívida grega aumentará para os 124,9% do PIB este ano.

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