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Ministro das finanças belga aumenta pressão sobre o BCE

A pressão dos líderes europeus para que o Banco Central Europeu corte as taxas de juro aumentou hoje, com o ministro das finanças belga, Didier Reynders, a juntar-se aos apelos feitos na semana passada por Gerhard Schroeder e Jean-Pierre Rafarin. «Talvez

01 de Março de 2004 às 12:16
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A pressão dos líderes europeus para que o Banco Central Europeu corte as taxas de juro aumentou hoje, com o ministro das finanças belga, Didier Reynders, a juntar-se aos apelos feitos na semana passada por Gerhard Schroeder e Jean-Pierre Rafarin. «Talvez seja tempo de fazer qualquer coisa», disse Reynders.

O ministro das Finanças belga considera que é ao Banco Central Europeu que cabe a responsabilidade de tomar as medidas que ajudem a consolidar a retoma económica da Europa, dizendo que a nível nacional os países já têm poucas opções.

«Não há mais margem de manobra para se fazer alterações a nível orçamental na Europa. Se algo for possível, será no aspecto monetário», disse Reynders, entrevistado pela Bloomberg, lançando um claro apelo para que o BCE intervenha na relação entre o euro e o dólar.

«Talvez seja tempo de fazer qualquer coisa, mas a decisão é do BCE. Talvez se faça algo esta semana, talvez no próximo mês», acrescentou. As declarações de Didier Reynders surgem na semana em que o Banco Central Europeu tem agendada uma reunião em que pode ser decidido um corte nas taxas de juro.

O representante belga juntou a sua voz aos apelos lançados na semana passada pelo chanceler alemão, Gerhard Schroeder e pelo primeiro-ministro francês, Jean-Pierre Rafarin, que desejavam que o BCE reduzisse as taxas de juro para travar os ganhos do euro face ao dólar. Várias empresas europeias dependentes de exportações anunciaram que os seus resultados foram prejudicados pela força da moeda europeia.

A pressão dos líderes europeus poderá não ser suficiente para convencer o presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, a decidir-se pelo corte das taxas. Os analistas contactados pela Bloomberg prevêem que na reunião de quinta-feira o BCE vai manter as taxas nos 2%.

O euro [EUR] seguia a perder 0,06% para os 1,2485 dólares.

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