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Migrações: Costa afirma ser "injusto" atribuir a Alemanha maiores responsabilidades 

António Costa considera injusto que caiba à Alemanha arcar com parte substancial da responsabilidade de acolhimento dos requerentes de asilo. O primeiro-ministro reforçou a disponibilidade de Portugal para contribuir.

Fabrizio Bensch/Reuters
05 de Fevereiro de 2016 às 16:02
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O primeiro-ministro, António Costa, afirmou hoje, em Berlim, ser "injusto" atribuir à Alemanha maior responsabilidade na gestão da crise dos refugiados do que a qualquer outro dos 28 Estados-membros da União Europeia (UE).

 

Em conferência de imprensa após um almoço de trabalho com a chanceler alemã, Angela Merkel, o chefe do Executivo considerou ser "altamente injusto achar que senhora Merkel ou que a Alemanha tem uma responsabilidade superior a qualquer outro Estado-membro da União".

 

Pela parte de Portugal foi reafirmada a disponibilidade de cooperação bilateral com a Alemanha, além do empenho em "assegurar protecção a quem carece", "contribuir para a paz, liberdade e condições de prosperidade, que resolvam na origem esta pressão migratória".

 

Portugal incluiu ainda na lista a participação no "reforço das fronteiras, mas também na capacidade de acolhimento, numa solidariedade" que tem de "ser partilhada".

 

Confrontada com uma sondagem que indica um elevado número de alemães contra a política de porta aberta quanto aos refugiados, a chanceler respondeu haver no país um "grande número de pessoas de opinião que se tem de ajudar as pessoas em emergência" e que há uma "responsabilidade humanitária".

 

Outra das questões tratadas em Berlim foi o referendo sobre a permanência, ou não, do Reino Unido na União Europeia (UE), com António Costa a recordar a "situação muito particular de Portugal", já que tem a aliança diplomática mais antiga do mundo com o país e que "existe há mais de 600 anos".

 

"Não somo sequer capazes de conceber como podemos viver na UE sem a presença do Reino Unido e, por isso, estamos seguros que o Reino Unido e a UE conseguirão encontrar boas formas para continuar a partilhar um espaço comum", afirmou o governante, aos jornalistas.

 

O chefe do Executivo não deixou de assinalar a necessidade de respeito das "regras que são comuns: quer as orçamentais, quer as regras que dizem respeito à livre circulação e de igualdade de tratamento".

 

O primeiro-ministro comparou estar na União Europeia, com o "viver numa família", por "nem sempre ser fácil", mas deve haver uma "vontade comum para vencer as dificuldades e encontrar as soluções para continuar a viver em comum".

 

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