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Metade dos vistos 'gold' vem de países de risco de branqueamento de capitais
Novos dados mostram as origens dos candidatos que obtiveram autorização de residência por reagrupamento familiar. A China é o país de origem da esmagadora maioria dos investidores e suas famílias (13.861, ou 47% do total), seguindo-se o Brasil e a Turquia.
Metade das pessoas que obtiveram autorização de residência em Portugal ao abrigo do programa dos vistos 'gold' pertence a um país de risco no branqueamento de capitais, avança, esta segunda-feira, o Público.
Desde 2012, entre investidores e familiares, 15.620 das 29.666 pessoas que obtiveram autorização de residência é das 30 jurisdições de maior risco de branqueamento de capitais, como Vietname, Paquistão, China e Camboja, escreve o jornal, citando dados oficiais a que teve acesso o consórcio de jornalistas Investigate Europe que inclui as origens dos candidatos que obtiveram autorização de residência por reagrupamento familiar entre 2012 e início de dezembro de 2022. Até agora, explica, só existia informação disponível sobre os países de origem dos requerentes para investimento, pelo que a esses 11.180 pedidos, somam-se 18.486 outros, dos quais mais de metade, 9.835, é então proveniente de uma das 30 jurisdições de maior risco de branqueamento de capitais.
A China é o país de origem da esmagadora maioria dos investidores e suas famílias (13.861, ou 47% do total), seguindo-se o Brasil (1321). Turquia (860) fecha o pódio dos países com maior número de familiares de investidores a obter residência, numa lista que inclui ainda África do Sul (826), Rússia (744), Vietname (654), Estados Unidos (565), Líbano (503), Índia (416) e Jordânia (365).