Notícia
Membro do BCE admite extensão dos prazos da dívida da Grécia
O holandês Nout Wellink alerta para os perigos de uma reestruturação da dívida grega que passe pela redução do valor dos títulos mas mostra-se aberto à ideia de que o país possa renegociar a extensão dos prazos de reembolso.
03 de Maio de 2011 às 08:10
Esta é a primeira vez que um dos membros do conselho de governadores do BCE admite que a Grécia poderá negociar com os credores uma extensão dos prazos de reembolso da dívida.
“Reestruturar, no essencial, é [um credor] dizer: Tenho pena de si, envie-me a conta”, disse Wellink numa conferência promovida numa universidade holandesa, mostrando-se desfavorável à possibilidade de a Grécia enveredar por este caminho. “Não se deve fazer isso. Pagar a conta é prejudicial”, afirmou, citado pela Reuters.
A Grécia tem rejeitado a necessidade de renegociar os prazos ou o valor da dívida do país, preferindo concentrar-se na redução das taxas de juro que está a pagar pela ajuda internacional e prometendo que será capaz de cumprir com as obrigações.
Wellink diz que o reembolso da dívida “às vezes pode demorar mais tempo. Em algumas situações pode dar-se uma reestruturação. Não na forma que alguns defendem [redução do valor nominal] mas através de uma extensão das maturidades da dívida”.
Uma reestruturação que implique mais do que a extensão dos prazos, ou seja, que inclua não pagar a totalidade das dívidas, pode gerar “uma espiral negativa, em que os efeitos negativos são mais gravosos e as dificuldades serão maiores do que as que [o país] sofre nesta altura”, disse Wellink. “Uma reestruturação não é uma opção”, reforçou.
Questionado sobre a situação espanhola, Wellink comentou que “Espanha tem uma tradição de finanças estatais sólidas, cuja situação se descontrolou mas que está a ser rectificada”. Espanha deverá, defende Wellink” “ser capaz de resolver o seu problema”.
“Reestruturar, no essencial, é [um credor] dizer: Tenho pena de si, envie-me a conta”, disse Wellink numa conferência promovida numa universidade holandesa, mostrando-se desfavorável à possibilidade de a Grécia enveredar por este caminho. “Não se deve fazer isso. Pagar a conta é prejudicial”, afirmou, citado pela Reuters.
Wellink diz que o reembolso da dívida “às vezes pode demorar mais tempo. Em algumas situações pode dar-se uma reestruturação. Não na forma que alguns defendem [redução do valor nominal] mas através de uma extensão das maturidades da dívida”.
Uma reestruturação que implique mais do que a extensão dos prazos, ou seja, que inclua não pagar a totalidade das dívidas, pode gerar “uma espiral negativa, em que os efeitos negativos são mais gravosos e as dificuldades serão maiores do que as que [o país] sofre nesta altura”, disse Wellink. “Uma reestruturação não é uma opção”, reforçou.
Questionado sobre a situação espanhola, Wellink comentou que “Espanha tem uma tradição de finanças estatais sólidas, cuja situação se descontrolou mas que está a ser rectificada”. Espanha deverá, defende Wellink” “ser capaz de resolver o seu problema”.