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Medina: "Não ficaremos agarrados aos objetivos" orçamentais
Ministro das Finanças garantiu que, caso a economia trave mais do que o esperado, não ficará agarrado às metas do défice.
O ministro das Finanças, Fernando Medina, garantiu nesta sexta-feira que o Governo "não ficará agarrado aos objetivos" orçamentais caso a economia trave mais do que o estimado, deixando funcionar os estabilizadores automáticos.
"Se os resultados [económicos] forem piores do que o esperado, não ficaremos agarrados aos objetivos. Deixaremos funcionar os estabilizadores automáticos", assegurou o ministro das Finanças.
Fernando Medina respondia a questões sobre transparência orçamental, sobre a diferença expressiva face ao défice esperado pelo Governo no Orçamento do Estado (OE) para 2022, de 1,9% e o efetivamente registado, de 0,4%.
E se teme que o mesmo aconteça este ano, já que o Governo antecipa um défice orçamental de 0,9% do PIB, mas o Conselho das Finanças Públicas (CFP) já antecipa um "brilharete", ou seja, um saldo negativo inferior, de 0,6% do PIB.
Mas Medina preferiu deixar uma mensagem sobre se as coisas correrem pior do que o previsto. "Posso reafirmar estes princípios: trabalharemos para cumprir os objetivos do défice e de dívida para proteger o país e para minorar os efeitos externos".
Além disso, o Governo vai apresentar o Programa de Estabilidade, com as "projeções mais atualizadas do andamento da economia". No entanto, Medina não respondeu se prevê rever as metas orçamentais para 2023.
(Notícia atualizada às 14:18 com mais informação)