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Medina conduziu operação especial para deixar dívida abaixo de 100% do PIB

Recompras às carteiras dos bancos e a seguradoras superarão os três mil milhões de euros.

O ministro das Finanças, Fernando Medina, espera que o valor médio do preço do barril de Brent seja de 82,9 dólares.
Miguel Baltazar
05 de Janeiro de 2024 às 09:22
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O ministro das Finanças, Fernando Medina, lançou uma operação especial para deixar o peso da dívida das administrações públicas abaixo de 100% do PIB antes do final do último ano, avança nesta sexta-feira o Expresso.

 

Segundo o semanário, o objetivo seria o de baixar o peso da dívida para 99,5% do PIB, bastante abaixo do nível de 103% do PIB previsto na proposta de Orçamento do Estado para 2024 e num descida que o Governo já tinha indicado que deveria ultrapassar.

 

Após várias amortizações de dívida em obrigações do Tesouro ao longo dos últimos meses, o jornal escreve que a operação das Finanças passou não só pelo pagamento a fornecedores externos habitual do final do ano – 1,2 mil milhões de euros em despachos para saldar pagamentos em atraso da Saúde – e pagamentos de dívidas de empresas públicas, como também pela recompra de mais de três mil milhões de euros em dívida pública detida por bancos e seguradoras.

 

As compras a partir das carteiras de dívida dos bancos foram feitas "a valores de mercado, e não a desconto", com as fontes do sector a indicarem ao semanário que a abordagem das Finanças e da agência que gere a dívida pública, o IGCP, foi feita "sem pressão".

 

O Expresso escreve que a contribuir para a liquidez pública que permitiu esta operação de recompra estará a entrada de novos fundos do Plano de Recuperação e Resiliência antes do final do ano, o financiamento do Estado com certificados de aforro, e o excedente orçamental de 2023, com o encaixe de receita extraordinário deste ano a permitir superar os 0,8% do PIB previstos em outubro por Medina. A redução da dívida visada por Medina antes de deixar a liderança das Finanças não colocará em causa este nível do superavit, diz o jornal.

 

 

 

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