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Marques Mendes: “A legislação laboral não é uma prioridade”
O comentador político considera que as prioridades deviam ser apostar nas qualificações, fomentar o investimento e apoiar a recapitalização das empresas.
No seu comentário semanal na SIC, Marques Mendes defendeu este domingo, 11 de Fevereiro, que "a legislação laboral não é uma prioridade".
"As leis laborais estão a impedir o combate ao desemprego? Não, porque o desemprego continua a cair. Já está em 8,1%. As leis laborais estão a fomentar emprego precário?Não. Segundo o INE, 78% do empego criado nos últimos dois anos é emprego com vínculo permanente. As leis laborais geram emprego mal pago? Não. Segundo o INE, nos últimos dois anos, os salários abaixo de 600 euros baixaram; os salários entre os 600 e os 900 e acima dos 1800 aumentaram", sustentou.
O comentador político explicou que nesta, que é "a polémica do momento", há três posições em confronto: os sectores mais à direita, acompanhados de Bruxelas, que querem ainda mais liberalização das leis laborais; o PCP e o BE que querem voltar ao tempo pré-troika; e o governo, "que quer mudar, mas pouco".
O antigo dirigente do PSD considera que, pelo contrário, as prioridades neste momento deviam ser outras. "Primeiro: investir nas qualificações – precisamos de emprego qualificado. Segundo: fomentar o investimento – temos de crescer mais. E terceiro: apoiar a recapitalização das empresas – o programa Capitalizar continua no papel".
"Há uma agenda política que insiste nas leis laborais. É a do PCP e do BE. E há uma agenda nacional que reclama outras prioridades. A haver mudanças, a posição do Governo é a mais equilibrada: mexer apenas no banco de horas individual e no incentivo aos contratos permanentes", concluiu.