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Maria Luís Albuquerque: Programa do BCE "representa uma oportunidade para continuar a fazer reformas"

A ministra portuguesa garante que o programa de compras do BCE é "uma oportunidade para continuar a fazer reformas". No mercado laboral, defendeu que as reformas devem ser feitas "num contexto de paz social".

Miguel Baltazar/Negócios
20 de Abril de 2015 às 09:31
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Portugal deve aproveitar o programa de compra de dívida pelo Banco Central Europeu (BCE) para continuar a fazer reformas, defende a ministra das Finanças.

 

Maria Luís Albuquerque rejeita também que o Governo tenha abrandado o seu ímpeto reformista e garante que as reformas vão continuar a avançar.

 

"O QE [programa de expansão quantitativa] representa uma oportunidade para continuar a fazer reformas", disse em entrevista ao canal televisivo CNBC esta segunda-feira, 20 de Abril.

 

Enquanto Portugal tiver "esta vantagem na frente financeira", a ministra considera que isto é "uma oportunidade para continuar a fazer reformas, não uma oportunidade para abrandar".

 

"Caso contrário, quando o QE acabar, e ele vai acabar, teremos beneficiado muito menos", sublinhou Maria Luís Albuquerque numa entrevista dada em Washington durante os encontros de Primavera do FMI.

 

Sobre as críticas feitas ao Governo português sobre o abrandamento das reformas, Maria Luís Albuquerque garante que não há "um abrandamento no ritmo das reformas" e deu o exemplo no campo laboral.

 

"Quando olhamos para o mercado de trabalho, nós conseguimos ter um acordo com os parceiros sociais, e isso é muito importante pois queremos fazer reformas laborais num contexto de paz social", defendeu.

 

A ministra disse que antes do Governo avançar para novas reformas, precisa de "observar os efeitos das reformas anteriores e ver se precisam de alguma alteração".

 

"Continuamos a fazer e continuamos a colocar reformas em prática, portanto rejeitamos essa crítica. Pensamos que simplesmente não é válida", reforçou.

 

A ministra também abordou a liquidez de Portugal e garante que o país tem "uma almofada financeira relevante".

 

"Reembolsamos agora uma parte do empréstimo do FMI [Fundo Monetário Internacional] com uma poupança relevante em termos de juros, o que é muito importante para o Orçamento e também para demonstrar que estamos de regresso ao mercado por completo", afirmou.

 

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