Notícia
Marcelo diz que 2024 é o ano do "grande teste" à aterragem da economia portuguesa
A Comissão Europeia reviu em baixa o crescimento económico esperado para Portugal este ano, apontando agora para 3,9%, quando em fevereiro esperava 4,1%, de acordo com as previsões económicas de primavera hoje divulgadas.
12 de Maio de 2021 às 19:05
O Presidente da República antecipou hoje que 2024 vai ser o ano do "grande teste" à aterragem da economia portuguesa, face às previsões da Comissão Europeia (CE), que reviu em baixa o crescimento económico esperado para Portugal este ano.
"Para o ano que vem é evidente que a injeção de muitos fundos comunitários tem efeito em tudo, no Produto Interno Bruto (PIB), no emprego e, por outro lado, dá um fôlego no défice. Em 2023 o mesmo, mais ou menos. O grande teste vai ser a partir de 2024, como é que nós aterramos", disse Marcelo Rebelo de Sousa.
"Vamos aterrar suavemente para voltar para os 2,5% em 2025 e 2026, ou ficamos um bocadinho acima disso, aproveitando melhor os fundos europeus e tendo a economia já a ir mais longe. Essa é a grande interrogação. Vamos esperar por essa altura. Até lá, é isto. A subir para 2022, a manter um nível próximo em 2023 e depois a aterrar a partir de 2024", reforçou.
Segundo o Presidente da República, que falava aos jornalistas à margem da inauguração das Oficinas de Criatividade Himalaya, criadas na antiga escola secundária de Arcos de Valdevez, no distrito de Viana do Castelo, num investimento de cerca de 1,8 milhões de euros, a CE "tem previsões para este ano que são menos favoráveis que as previsões oficiais portuguesas e, para o ano que vem, mais favoráveis que as previsões oficiais portuguesas".
"Embora em alguns casos sejam diferenças pequenas e seja maior a diferença quando comparada com a média europeia. Penso que estamos todos a falar, mais ou menos, no mesmo, que é, este ano, o crescimento andar à volta dos 4% e, para o ano, francamente mais com a injeção dos fundos comunitários e, provavelmente, para 2023 o mesmo", referiu.
Em relação ao défice, adiantou que "os cálculos são muito aproximados" e que o "desemprego nunca ultrapassa uma barreira que é muito contida".
"Esse é um grande desafio. Saber, com o fim do 'lay-off', com o reinício de atividades como, por exemplo, a hotelaria, a restauração, o comércio e serviços se, de facto, aí, a transição se dá ao nível do desemprego que é previsto", afirmou.
Em qualquer dos cenários, adiantou que "os números da CE, mesmo quando são, ligeiramente, menos favoráveis este ano do que os números portugueses apontam para o que parece mais ou menos óbvio". "Este ano depende do segundo semestre, embora haja já indicadores da subida em junho", observou.
A Comissão Europeia reviu em baixa o crescimento económico esperado para Portugal este ano, apontando agora para 3,9%, quando em fevereiro esperava 4,1%, de acordo com as previsões económicas de primavera hoje divulgadas.
Em termos trimestrais, Bruxelas aponta para uma recuperação do Produto Interno Bruto (PIB) português do segundo ao quarto trimestre, quer em cadeia (3,2%, 3,9%, e 1,0% respetivamente), quer face aos mesmos trimestres do ano passado (13,5%, 4,0% e 4,9%, respetivamente).
Em termos anuais, as previsões de um crescimento de 3,9% hoje anunciadas pela Comissão Europeia estão exatamente alinhadas com as do Banco de Portugal (BdP) e as do Fundo Monetário Internacional (FMI), estando uma décima abaixo dos 4,0% esperados pelo Governo e acima dos 3,3% do Conselho das Finanças Públicas (CFP) e dos 1,7% da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).
Já as previsões para o défice português pioram em duas décimas, esperando um saldo negativo das contas públicas de 4,7% este ano, mas melhorou as da dívida pública em três pontos percentuais, para 127,2%.
De acordo com as previsões económicas de primavera hoje divulgadas, o défice português ficará assim duas décimas acima do esperado por Bruxelas no outono passado (4,5%), mas a dívida pública baixa dos 130,3% do Produto Interno Bruto (PIB) esperados anteriormente para os 127,2%.
Quanto ao défice, Bruxelas está mais otimista do que o que o Fundo Monetário Internacional (FMI) (5,0%) e que a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) (6,3%), mas mais pessimista do que o Governo (4,5%) e o Conselho das Finanças Públicas (4,1%).
Já relativamente ao rácio da dívida pública face ao PIB, a Comissão Europeia tem as previsões mais otimistas do que a generalidade das instituições, com o Governo a prever 128,0%, o FMI 131,4%, o CFP 131,5% e a OCDE (139,7%).
Para 2022, de acordo com as previsões de primavera hoje divulgadas por Bruxelas, o défice português deverá descer para 3,4%, e a dívida pública para 122,3% do PIB.
Quanto à taxa de desemprego português, a perspetiva de Bruxelas melhorou, apontando agora para os 6,8%, quando em novembro do ano passado esperava 7,7%.
As previsões da Comissão hoje divulgadas são as mais otimistas de todas as principais instituições, já que o Governo prevê uma taxa de desemprego de 7,3% este ano, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco de Portugal (BdP) apontam aos 7,7%, o Conselho das Finanças Públicas (CFP) prevê 8,3% e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) espera 9,5%.
De acordo com as previsões de primavera hoje conhecidas, Bruxelas mostra-se ainda confiante quanto à evolução deste indicador para 2022, prevendo que a taxa de desemprego baixe para os 6,5% no próximo ano, duas décimas abaixo da previsão do Governo (6,7%).
"Para o ano que vem é evidente que a injeção de muitos fundos comunitários tem efeito em tudo, no Produto Interno Bruto (PIB), no emprego e, por outro lado, dá um fôlego no défice. Em 2023 o mesmo, mais ou menos. O grande teste vai ser a partir de 2024, como é que nós aterramos", disse Marcelo Rebelo de Sousa.
Segundo o Presidente da República, que falava aos jornalistas à margem da inauguração das Oficinas de Criatividade Himalaya, criadas na antiga escola secundária de Arcos de Valdevez, no distrito de Viana do Castelo, num investimento de cerca de 1,8 milhões de euros, a CE "tem previsões para este ano que são menos favoráveis que as previsões oficiais portuguesas e, para o ano que vem, mais favoráveis que as previsões oficiais portuguesas".
"Embora em alguns casos sejam diferenças pequenas e seja maior a diferença quando comparada com a média europeia. Penso que estamos todos a falar, mais ou menos, no mesmo, que é, este ano, o crescimento andar à volta dos 4% e, para o ano, francamente mais com a injeção dos fundos comunitários e, provavelmente, para 2023 o mesmo", referiu.
Em relação ao défice, adiantou que "os cálculos são muito aproximados" e que o "desemprego nunca ultrapassa uma barreira que é muito contida".
"Esse é um grande desafio. Saber, com o fim do 'lay-off', com o reinício de atividades como, por exemplo, a hotelaria, a restauração, o comércio e serviços se, de facto, aí, a transição se dá ao nível do desemprego que é previsto", afirmou.
Em qualquer dos cenários, adiantou que "os números da CE, mesmo quando são, ligeiramente, menos favoráveis este ano do que os números portugueses apontam para o que parece mais ou menos óbvio". "Este ano depende do segundo semestre, embora haja já indicadores da subida em junho", observou.
A Comissão Europeia reviu em baixa o crescimento económico esperado para Portugal este ano, apontando agora para 3,9%, quando em fevereiro esperava 4,1%, de acordo com as previsões económicas de primavera hoje divulgadas.
Em termos trimestrais, Bruxelas aponta para uma recuperação do Produto Interno Bruto (PIB) português do segundo ao quarto trimestre, quer em cadeia (3,2%, 3,9%, e 1,0% respetivamente), quer face aos mesmos trimestres do ano passado (13,5%, 4,0% e 4,9%, respetivamente).
Em termos anuais, as previsões de um crescimento de 3,9% hoje anunciadas pela Comissão Europeia estão exatamente alinhadas com as do Banco de Portugal (BdP) e as do Fundo Monetário Internacional (FMI), estando uma décima abaixo dos 4,0% esperados pelo Governo e acima dos 3,3% do Conselho das Finanças Públicas (CFP) e dos 1,7% da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).
Já as previsões para o défice português pioram em duas décimas, esperando um saldo negativo das contas públicas de 4,7% este ano, mas melhorou as da dívida pública em três pontos percentuais, para 127,2%.
De acordo com as previsões económicas de primavera hoje divulgadas, o défice português ficará assim duas décimas acima do esperado por Bruxelas no outono passado (4,5%), mas a dívida pública baixa dos 130,3% do Produto Interno Bruto (PIB) esperados anteriormente para os 127,2%.
Quanto ao défice, Bruxelas está mais otimista do que o que o Fundo Monetário Internacional (FMI) (5,0%) e que a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) (6,3%), mas mais pessimista do que o Governo (4,5%) e o Conselho das Finanças Públicas (4,1%).
Já relativamente ao rácio da dívida pública face ao PIB, a Comissão Europeia tem as previsões mais otimistas do que a generalidade das instituições, com o Governo a prever 128,0%, o FMI 131,4%, o CFP 131,5% e a OCDE (139,7%).
Para 2022, de acordo com as previsões de primavera hoje divulgadas por Bruxelas, o défice português deverá descer para 3,4%, e a dívida pública para 122,3% do PIB.
Quanto à taxa de desemprego português, a perspetiva de Bruxelas melhorou, apontando agora para os 6,8%, quando em novembro do ano passado esperava 7,7%.
As previsões da Comissão hoje divulgadas são as mais otimistas de todas as principais instituições, já que o Governo prevê uma taxa de desemprego de 7,3% este ano, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco de Portugal (BdP) apontam aos 7,7%, o Conselho das Finanças Públicas (CFP) prevê 8,3% e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) espera 9,5%.
De acordo com as previsões de primavera hoje conhecidas, Bruxelas mostra-se ainda confiante quanto à evolução deste indicador para 2022, prevendo que a taxa de desemprego baixe para os 6,5% no próximo ano, duas décimas abaixo da previsão do Governo (6,7%).