Notícia
Manuela Ferreira Leite: "Este Orçamento não tem execução possível"
Manuela Ferreira acredita que os objectivos do défice para 2013 não serão cumpridos e que o Orçamento ontem apresentado pelo ministro das Finanças "não tem execução possível".
"Não creio que haja possibilidade de haver alguém que considere que esta situação possa melhorar através do aumento de impostos", considerou a ex-ministra das Finanças, na conferência da Antena 1 e do Jornal de Negócios. "O que se espera é aumento da recessão e do desemprego."
Manuel Ferreira Leite confessou não acreditar "nos objectivos do orçamento", nem "que haja alguém capaz de defender que isso seja possível". "É inviável conseguir-se uma consolidação desta dimensão num prazo de tempo tão reduzido", reforçou.
A ex-governante sublinhou que o ajustamento pelo lado da receita "tem limites", e que "já é impossível aumentar mais". "Ninguém acredita que vai ser cobrado o que lá está”, acrescentou.
"Posso não ser capaz de dizer como se cresce, mas sou capaz de dizer o que não deve ser feito para não decrescer. Qualquer decisão de destruição da classe média deve ser totalmente evitada", frisou a ex-ministra das Finanças, que considera que o aumento da carga fiscal já atingiu todos os limites aceitáveis.
Para Manuela Ferreira Leite, "o erro básico não está neste governo, está no desenho, na receita que a troika desenhou para nós, que está errado". "Esqueceram-se que o efeito recessivo é muito maior quando as famílias estão endividadas", sublinhou. A responsável acredita que "não há alternativa que não seja negociar com a troika".
Sobre a possibilidade de Portugal abandonar a moeda única, Ferreira Leite foi peremptória: "recuso completamente a possibilidade de uma saída do euro". "A Grécia não tem cumprido absolutamente nada, e já alguma vez disseram à Grécia para sair do euro? É a nós que nos vêm dizer que não nos dão mais nada e que temos ir embora?", questionou.
"É preciso emagrecer, e gostaria de recomendar que as pessoas não aceitassem morrer antes de emagrecer. Morrer gordo é do pior que há depois de se fazer uma dieta tremenda", concluiu a ex-governante. "Este orçamento não tem execução possível, e os objectivos não vão ser conseguidos".
Manuel Ferreira Leite confessou não acreditar "nos objectivos do orçamento", nem "que haja alguém capaz de defender que isso seja possível". "É inviável conseguir-se uma consolidação desta dimensão num prazo de tempo tão reduzido", reforçou.
A ex-governante sublinhou que o ajustamento pelo lado da receita "tem limites", e que "já é impossível aumentar mais". "Ninguém acredita que vai ser cobrado o que lá está”, acrescentou.
"Posso não ser capaz de dizer como se cresce, mas sou capaz de dizer o que não deve ser feito para não decrescer. Qualquer decisão de destruição da classe média deve ser totalmente evitada", frisou a ex-ministra das Finanças, que considera que o aumento da carga fiscal já atingiu todos os limites aceitáveis.
Para Manuela Ferreira Leite, "o erro básico não está neste governo, está no desenho, na receita que a troika desenhou para nós, que está errado". "Esqueceram-se que o efeito recessivo é muito maior quando as famílias estão endividadas", sublinhou. A responsável acredita que "não há alternativa que não seja negociar com a troika".
Sobre a possibilidade de Portugal abandonar a moeda única, Ferreira Leite foi peremptória: "recuso completamente a possibilidade de uma saída do euro". "A Grécia não tem cumprido absolutamente nada, e já alguma vez disseram à Grécia para sair do euro? É a nós que nos vêm dizer que não nos dão mais nada e que temos ir embora?", questionou.
"É preciso emagrecer, e gostaria de recomendar que as pessoas não aceitassem morrer antes de emagrecer. Morrer gordo é do pior que há depois de se fazer uma dieta tremenda", concluiu a ex-governante. "Este orçamento não tem execução possível, e os objectivos não vão ser conseguidos".