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"Mamã, como está Portugal?"
"Bem-vindo Presidente, como está a sua saúde? Mamã, mamã, como está Portugal?" Dançando e dançando em volteios bamboleantes naquele ritmo que só África sabe e com a música que a voz e tambores oferecem. Maria Cavaco Silva entusiasma-se e dá uns passos de
"Bem-vindo Presidente, como está a sua saúde? Mamã, mamã, como está Portugal?" Dançando e dançando em volteios bamboleantes naquele ritmo que só África sabe e com a música que a voz e tambores oferecem. Maria Cavaco Silva entusiasma-se e dá uns passos de dança... Quem sabe Aníbal deu-lhe um toque e «mamã» deixou de dançar sem perder o ar de felicidade. A seu lado estava o presidente de Moçambique, Armando Guebuza.
Estamos na praça do Conselho de Municipal de Maputo. Subindo as escadarias, entrando no edifício que se mantém como há mais de três décadas somos recebidos por um enorme vitral com a caravela portuguesa. Cavaco Silva vai receber a chave da cidade numa sala cheia.
Bronzeado pelas férias que passou com toda a família em Bazaruto, Cavaco fala como nunca do seu passado. Pela manhã, logo a seguir aos encontros entre responsáveis dos dois governos, já nos tinha contado que percorreu Moçambique com a mulher em 1964 num carro que comprou a prestações. Uma forma de não responder à pergunta se passados mais de 30 anos Portugal não deveria pedir desculpas aos moçambicanos pelos massacres.
A recordação de um passado de guerra, com feridas ainda por sarar nos dois povos, foi perturbadora do ambiente de amizade e apelo ao investimento que está a marcar esta visita de Estado a Moçambique . O Presidente começa por dizer que "a história é feita pelos homens, com defeitos e virtudes, e se ficarmos a olhar para o passado perdemos o futuro".
Leia, na edição de hoje do Jornal de Negócios, a reportagem completa do primeiro dia da viagem do Presidente da República.