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Maioria dos portugueses acha que Pedro Nuno Santos não devia estar no governo

A opinião dos portugueses sobre Pedro Nuno Santos não é positiva: não só a maioria considera que o ministro já não devia estar no cargo, como entende que não tem condições para suceder a António Costa. São os resultados do Barómetro de julho da Intercampus para o Negócios, CM e CMTV.

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O desfecho da polémica em torno do anúncio de Pedro Nuno Santos sobre o aeroporto de Alcochete não agradou à maioria dos portugueses. Mais de metade dos inquiridos no Barómetro de julho da Intercampus para o Negócios, CM e CMTV considera que o ministro já não devia estar no governo.

O ministro das Infraestruturas anunciou, através de um despacho, o futuro do aeroporto de Lisboa, mas foi prontamente desautorizado por António Costa, abrindo a porta, por algumas horas, à possibilidade de demissão de Pedro Nuno Santos e a uma crise política.

Mas tal não aconteceu. Depois de um pedido de desculpa público de Pedro Nuno Santos, o primeiro-ministro deu o caso como encerrado. No entanto, os inquiridos do Barómetro Intercampus não concordam com este resultado: 34,2% consideram que o ministro se devia ter demitido, e 18,8% é da opinião que António Costa o devia ter afastado. Apenas 16% dos inquiridos consideram que a solução atual foi a correta. De notar que há uma larga fatia, 27,8%, que diz não ter opinião formada, e ainda 3,1% que não sabe ou não responde.



Questionados sobre se Pedro Nuno Santos "tem condições para suceder a António Costa" como primeiro-ministro, a resposta é claramente negativa: 68,1% rejeitam essa possibilidade. Apenas 13,2% concordam com esse cenário e 18,7% não sabem ou não respondem.



Já sobre a prestação do atual Executivo, em comparação com o anterior – ambos liderados por António Costa –, a maior fatia dos inquiridos, 46,6%, consideram a governação igual. Só 11,6% acham a governação melhor neste mandato, e 36,9% são da opinião que o governo funciona pior.

É notório um agravamento das opiniões face ao mês anterior. Com exceção dos que acham que o país é agora melhor governado (11,6% nos dois meses), nas outras categorias a perceção dos inquiridos fica mais negativa. Em junho 55,8% achavam a governação igual, uma percentagem que desce para 46,6% em julho. Já a proporção dos que consideravam que o país é agora pior governado aumentou no espaço de um mês: em junho era de 26,4% e em julho aumentou para 36,9%. Há ainda uma pequena fatia (6,2% em junho e 5% em julho) que não sabe ou não responde.

 

FICHA TÉCNICA:

Objetivo: Sondagem realizada pela INTERCAMPUS para a CMTV, com o objetivo de conhecer a opinião dos Portugueses sobre diversos temas da política nacional, incluindo a intenção de voto em eleições legislativas. Universo: População portuguesa, com 18 e mais anos de idade, eleitoralmente recenseada, residente em Portugal Continental. Amostra: constituída por n=605 entrevistas. Seleção da amostra: A seleção do lar fez-se através da geração aleatória de números de telefone fixo / móvel. No lar a seleção do respondente foi realizada através do método de quotas de género e idade (3 grupos). Recolha da Informação: A informação foi recolhida através de entrevista telefónica, em total privacidade. O questionário foi elaborado pela INTERCAMPUS e posteriormente aprovado pela CMTV. Os trabalhos de campo decorreram de 6 a 11 de julho de 2022. Margem de Erro: O erro máximo de amostragem deste estudo, para um intervalo de confiança de 95%, é de ± 4,0%. Taxa de Resposta: A taxa de resposta obtida neste estudo foi de: 61,3%.

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