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Lisboa volta a descer no ranking da qualidade de vida

A capital portuguesa ocupa o 43.º lugar num ranking liderado por Viena e que serve de referência para as compensações a pagar pelas empresas aos trabalhadores expatriados. Conheça as dez melhores cidades para viver.

14 de Março de 2017 às 00:01
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A cidade de Lisboa recua pelo segundo ano consecutivo num ranking internacional que analisa a atractividade de um destino para empresas que se queiram expandir e para acolher trabalhadores em missões internacionais.

 

A capital portuguesa, a única localidade nacional analisada pela consultora Mercer, ocupa a 43.ª posição no estudo anual "Quality of Living", que lista 231 cidades em todo o mundo. Volta assim a descer um lugar, tal como acontecera na edição anterior, em que começou a inverter uma tendência de melhoria que vinha dos últimos anos.

 

Realizado anualmente para orientar as empresas sobre a compensação que devem atribuir aos trabalhadores expatriados, as informações para este inquérito foram recolhidas entre Setembro e Novembro de 2016. Estabilidade política, criminalidade, serviços de saúde, nível e disponibilidade de escolas internacionais, congestionamentos de tráfego, entretenimento, alojamento e clima são alguns dos 39 critérios em análise.

 

Apesar da descida na qualidade de vida em 2017, Lisboa encontra-se, por exemplo, numa posição mais favorável do que Nova Iorque ou Edimburgo, que ocupam as duas posições imediatamente a seguir. Também leva a melhor sobre Madrid, que é considerada uma das principais cidades concorrentes.

 

Pela primeira vez, a Mercer classifica de forma autónoma as infra-estruturas nas cidades, que engloba os transportes públicos, o fornecimento de energia, os serviços de telecomunicações ou os voos internacionais a partir do aeroporto local. Neste item em particular, Lisboa surge no 60.º lugar, "acima de cidades como Lyon (67.º) ou Roma (73.º)".

 

Frisando a importância de definir políticas de compensação adequadas e da análise ao ambiente que os funcionários vão encontrar nas cidades de destino, o CEO da Mercer Portugal, Diogo Alarcão, destacou numa nota à imprensa que "a instabilidade económica, a insegurança social e a crescente turbulência política são elementos que dificultam ainda mais o difícil desafio que as empresas multinacionais enfrentam quando analisam a qualidade de vida da sua força de trabalho expatriada".

 

Diogo Alarcão, CEO da Mercer Portugal, destaca os efeitos da instabilidade económica, da insegurança social e da turbulência política nas decisões das multinacionais.
Diogo Alarcão, CEO da Mercer Portugal, destaca os efeitos da instabilidade económica, da insegurança social e da turbulência política nas decisões das multinacionais.

 

Na lista de 2017, que continua a ser liderada por Viena – ocupa a posição cimeira há oito anos –, destacam-se as descidas de Bruxelas para 27.º lugar "devido aos problemas de segurança causados pelos ataques terroristas"; as quatro posições perdidas por Roma (57º lugar) "no seguimento de problemas referentes à remoção de resíduos"; e a queda de 11 lugares de Istambul, agora na 133.ª posição, devido à "grave turbulência política na Turquia durante o ano passado".

 

Ainda assim, são as cidades europeias que continuam a dominar a lista elaborada por esta consultora. Auckland (3.º lugar) e Vancouver (5.º lugar) são as "intrusas" no top 10 com predomínio das localidades suíças e alemãs. Singapura (25.º) e Montevidéu (79.º) são, respectivamente, as melhores classificadas na Ásia e na América Latina. 

Na fotogaleria em cima confira as 10 cidades que estão no topo e as 10 que estão no fundo deste ranking.

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